CELAC e Mercosul se organizam para enfrentar o zika vírus
Os organismos fazem um acordo para começar 16 medidas para frear a doença
Campanhas de prevenção, controles nas fronteiras, novos protocolos e a criação de um grupo especial para monitorar a propagação do zika vírus foram algumas das 16 medidas acordadas na quarta-feira pelos ministros da Saúde do Mercosul (bloco formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela) e de países da CELAC como Colômbia, Peru, Chile e Equador.
O Uruguai convocou a reunião da cúpula ministerial a pedido da presidenta Dilma Rousseff poucos dias depois de a OMS ter declarado emergência devido ao zika. Participaram do encontro, realizado na sede do Mercosul na capital uruguaia, os titulares da Saúde da Argentina, Brasil, Venezuela, Paraguai, Bolívia, Costa Rica, México, Colômbia, República Dominicana, Suriname, Peru, Chile e Equador. Uma delegação do Instituto Evandro Chagas também participou das discussões que aconteceram durante toda a manhã da quarta-feira.
Entre as novidades anunciadas depois da reunião entre os responsáveis e a diretora da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), Carissa Etienne, também deve ser destacada a possibilidade de “compras conjuntas de medicamentos de alto custo necessários para o tratamento da síndrome de Guillain- Barré”, segundo o comunicado lido pelo ministro da Saúde do Uruguai, Jorge Basso.
O Uruguai, país que ainda não registrou nenhum caso de zika, dirigirá a primeira comissão de monitoramento da propagação do vírus na condição de atual presidente do Mercosul. A comissão estabelecerá as recomendações adequadas aos países da região e realizará reuniões com os ministros da Saúde.
Novos protocolos
Por seu lado, a OPAS anunciou a criação de novos protocolos médicos para prevenir e curar a doença. Os 14 ministros presentes em Montevidéu também acrescentaram que “organizaram” ações permanentes e colaborativas para a geração de conhecimentos através da pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para o diagnóstico, tratamento e prevenção. Todo o pessoal médico da região receberá informações atualizadas sobre um vírus que, como lembrou o ministro uruguaio Jorge Basso, é conhecido há anos.
O ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Nin Novoa, que abriu a cúpula, enfatizou a necessidade de uma resposta das autoridades locais ao problema, que se configura na implementação de melhores sistemas de informação nas áreas de fronteira.
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