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Sarah Palin declara apoio a Donald Trump para a presidência dos EUA

O republicano favorito nas pesquisas recruta a ex-governadora do Alasca em detrimento de Ted Cruz

Palin e Trump, em encontro na última terça em Iowa.
Palin e Trump, em encontro na última terça em Iowa.M. Altaffer (AP)

“Uma convidada especial. Quem poderia ser?”, perguntava Donald Trump no domingo à noite em sua página no Facebook. Como se a contagem regressiva para o Estado de Iowa não estivesse vibrante o suficiente, o candidato republicano à Casa Branca melhor situado nas pesquisas dizia ter na manhã de terça-feira, dia 19, um “anúncio importante”a fazer. Ao cair da tarde, Sarah Palin dava seu apoio ao controverso empresário com aspirações presidenciais. 

Ex-governadora do Alasca, Palin foi candidata à vice-presidência em 2008 ao lado de John McCain. A ex-rainha sem coroa do ultraconservador Tea Party exibiu, durante aquela campanha, um estilo semelhante ao que apresenta todo dia o multimilionário de Nova York: culto à personalidade e fascinação do público.

“Vocês merecem o melhor”, afirmou Palin à plateia, que a recebeu com regozijo em Ames (Iowa). “Estou aqui para dar meu apoio ao próximo presidente dos Estados Unidos”, afirmou Palin, um ícone conservador. “Estou orgulhosa de apoiar Donald Trump como presidente”, disse.

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Trump se mostrou honrado com o apoio da ex-governadora. “É uma amiga e uma pessoa de grande qualidade, por quem tenho um enorme respeito. Estou orgulhoso de seu respaldo”, afirmou o magnata.

Em uma campanha tão acirrada como está sendo a de 2016, a menos de duas semanas do início da convenção partidária de Iowa, ninguém dá ponto sem nó. Se Trump recruta Palin em seu favor, isso ocorre em detrimento de alguém. Nesse caso, quem perde é Ted Cruz, a muito pouca distância de Trump nas pesquisas em Iowa. De sua campanha saíram as primeiras declarações quando o anúncio ainda era um rumor. “Acredito que será um revés para Sarah Palin”, dizia Rick Tyler, porta-voz do senador do Texas. “Sarah Palin sempre foi defensora da causa conservadora e, se apoia Donald Trump, infelizmente, estará apoiando alguém que manteve em toda a sua vida posições progressistas sobre a santidade da vida, do matrimônio ou sobre abortos”.

Palin apoiou Cruz para o Senado em 2012, durante os últimos anos de destaque do Tea Party, e sempre elogiou os dois candidatos. Em setembro do ano passado, os três participaram de uma reunião junto ao Congresso de Washington para se posicionarem contra o acordo assinado pela Casa Branca com o Irã. Em novembro passado, Palin, à prova de fogo, declarou que havia “uma possibilidade real” de que Trump se tornasse o próximo presidente dos Estados Unidos. Semanas depois, questionada sobre quem era seu favorito, ela se esquivou da pergunta respondendo que não escolheria, mas que seria “um bonito problema” se a eleição se reduzisse a Cruz ou Trump.

A ex-candidata à vice-presidência está há um bom tempo fora do foco da política e, sem dúvida, agradeceria se voltasse a ficar no centro da notícia. Segundo as últimas pesquisas realizadas sobre isso, de 2013, apenas 3% dos norte-americanos tinha uma opinião favorável à ex-governadora. No entanto, esse número aumentava para 61% quando a pergunta era respondida por republicanos.

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