Papa falará aos católicos uma vez por mês por meio de mensagens de vídeo
Francisco dá início, nesta quarta-feira, a uma iniciativa para promover a oração. Bergoglio falará sempre em espanhol
A partir desta quarta-feira, o papa Francisco falará aos fiéis uma vez por mês por meio de mensagens de vídeo gravadas em espanhol e distribuídas pelas redes sociais. Jorge Mario Bergoglio já havia gravado mensagens de vídeo em ocasiões especiais — às vésperas das viagens a Cuba e à África, e durante um congresso de teologia em Buenos Aires —, mas agora tomou a decisão de fazer dessas mensagens um canal de comunicação direto com os católicos. No primeiro vídeo, de um minuto e meio de duração, o Papa apela ao diálogo entre as religiões para buscar a paz e a justiça, “Muitos pensam de forma diferente, sentem de forma diferente, buscam Deus ou encontram Deus de maneira diferente (...). Confio em vocês para divulgar o meu pedido deste mês. Que o diálogo sincero entre homens e mulheres de várias religiões traga frutos de paz e de justiça”.
De acordo com o jesuíta Frederic Fornos, diretor internacional do Apostolado da Oração, a iniciativa se destina “a todas as pessoas que quiserem se juntar pela oração às intenções do Papa, a rezar com ele para os desafios da humanidade”. Apesar de Bergoglio falar sempre em espanhol, os vídeos, que serão gravados pelo Centro Televisivo Vaticano, estarão disponíveis em 10 idiomas e serão distribuídos através do Twitter, Facebook, Instagram e YouTube.
A última vez que o papa gravou uma mensagem de vídeo foi na véspera de sua viagem à África. Na segunda-feira 23 de novembro, as televisões do Quênia, Uganda e República Centro Africana transmitiram uma gravação em que Bergoglio chamava “à reconciliação e à paz”. Dois meses antes, a televisão cubana também transmitira um vídeo em que Francisco se dirigia aos cubanos diante de sua iminente visita: “Vou como um missionário da misericórdia, da ternura de Deus (...). Que todo o mundo saiba que Deus sempre perdoa”.
Em entrevista à Rádio Vaticano, o jesuíta Frederic Fornos se referiu à decisão de Francisco gravar as mensagens em espanhol e não em italiano, a língua oficial da Santa Sé: “É bonito ouvi-lo falar na sua língua. Naturalmente, será feita a tradução para outras línguas, pois, além disso, seria difícil que ele falasse em chinês ou em árabe, mas preferimos que ele fale em sua própria língua, a do seu coração, da oração, da sua intimidade com o Senhor”.
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