Estados Unidos lançam ataque aéreo na Síria contra ‘John Jihadista’
Pentágono aponta o britânico como responsável pela decapitação de ocidentais
Os Estados Unidos realizaram na Síria um ataque aéreo teleguiado contra Mohamed Emwazi, conhecido como Yihadi John (John Jihadista), o mascarado de forte sotaque britânico que decapitou vários reféns ocidentais em nome do Estado Islâmico (ISIS), informou um porta-voz do Pentágono na noite de quinta-feira.
“As forças dos Estados Unidos efetuaram um ataque aéreo em Raqqa, na Síria, em 12 de novembro, com o objetivo de acabar com o Mohamed Emwazi, também conhecido como Yihadi John”, diz nota assinada por Peter Cook, porta-voz do Departamento de Defesa norte-americano. Não ficou claro, no entanto, se a operação teve sucesso. “Estamos avaliando os resultados e ofereceremos mais informações no momento apropriado”, acrescenta a nota.
Yihadi John é um dos terroristas mais procurados do mundo desde que executou sete reféns ocidentais, entre eles o jornalista norte-americano James Foley, em agosto de 2014. Segundo o Pentágono, Emwazi participou ainda da execução dos norte-americanos Steven Sotloff, também jornalista, e Abdul-Rahman Kassig, agente humanitário, dos britânicos David Haines e Alan Henning, ambos agentes humanitários, e do jornalista japonês Kenji Goto.
Os Estados Unidos ofereciam uma recompensa de 10 milhões de dólares (cerca de 38 milhões de reais) por John Jihadista. O algoz do Estado Islâmico afirmou num vídeo de agosto que retornaria ao Reino Unido “para cortar as cabeças” dos infiéis.
Nascido no Kuwait há pouco mais de 20 anos, ele cresceu numa família de classe média na zona oeste de Londres e se graduou em informática na universidade de Westminster. Segundo revelou o The Washington Post no começo deste ano, a identidade do homem que simbolizou a barbárie do Estado Islâmico foi investigada com o uso de diferentes técnicas, incluindo entrevistas com ex-reféns e a análise da voz ouvida nos vídeos em que o grupo terrorista divulga as decapitações.
Pouco depois da divulgação do vídeo da decapitação do jornalista James Foley, em agosto do ano passado, o FBI antecipou que poderia ter identificado o executor. Mas sua identidade se manteve secreta, enquanto John Jihadista voltava a aparecer em outros vídeos de assassinatos de reféns ocidentais.
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