Dilma Bolada ‘renuncia’ disparando contra concessões do Governo a PMDB
Jeferson Monteiro, autor de sátira da presidenta Dilma, anuncia rompimento com Governo
Desde que assumiu seu segundo mandato, a presidenta Dilma Rousseff perdeu o apoio do PSB, do PTB, do PDT e de parte do PMDB no Congresso Nacional. Hoje, nove meses após o início do Governo, 69% da população consideram sua gestão “ruim ou péssima”, a pior avaliação nos 27 anos da pesquisa CNI-Ibope. O desgaste é tanto que até Dilma Bolada, a sátira que fazia campanha ativa para a presidenta, mudou de lado. Aliás, segundo o publicitário Jeferson Monteiro, criador da personagem, quem mudou de lado foi Dilma Rousseff.
“Dilma não precisa do meu apoio no Governo dela, nem o meu e nem do apoio de ninguém que votou nela. Afinal, para ela só importa o apoio do PMDB e de parte do empresariado para que ela se mantenha lá onde está”, publicou Monteiro em sua conta pessoal no Facebook. Segundo o autor da sátira, Dilma “trocou o Governo pelo cargo.” “Não é o Governo que eu e mais de 54 milhões de brasileiros elegemos. A vida é feita de escolhas e ela fez a dela. Agora o que nos resta é que saia algo bom para o Brasil dali e repetir os versos de Beth Carvalho: ‘Você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão’. Seguimos”, escreveu.
Monteiro justificou sua escolha com argumentos políticos: “Não há mais ideologia, esquerda, progressismo. Há leilão de cargo”. Mas, nas redes sociais, que estão em polvorosa desde que o publicitário anunciou o rompimento (“Dilma Bolada” virou trending topic mundial no Twitter), os motivos para o rompimento foram postos em questão, relacionando o fim de uma suposta relação também comercial com o PT.
No perfil de Dilma Bolada no Twitter, Monteiro brincava minutos depois de anunciar seu rompimento: “Hoje à noite, no Facebook, escreverei minha Carta ao Povo Brasileiro colocando o meu cargo à disposição”. O publicitário esclareceu a seus seguidores, contudo, que é contra a saída de Dilma da presidência da República. “Mesmo não apoiando o Governo, não existe motivo para impeachment. Sou contra a saída de Dilma porque respeito a democracia e nossas instituições e não porque apoio a gestão dela. Uma coisa não tem nada a ver com outra. Dilma fica e vai até o final porque esse é o combinado. Que sirva de lição para a próxima”, escreveu.
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