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Um Governo sob vaias

Presidenta Dilma é vaiada na abertura de um evento em São Paulo. Em Brasília, coletiva do ministro é cancelada depois do protesto contra ajuste fiscal

M. R.
Dilma, durante evento no Palácio no dia 9 de março.
Dilma, durante evento no Palácio no dia 9 de março. UESLEI MARCELINO (REUTERS)

Mal refeita do panelaço surpresa do último domingo, a presidenta Dilma Rousseff encarou mais um teste de impopularidade na manhã desta terça-feira, em São Paulo, durante a abertura do Salão Internacional de Construção. A presidenta, que chegou à capital paulista para fazer a cerimônia de inauguração do evento, foi muito vaiada por pessoas que trabalhavam nos estandes do pavilhão de exposições do Anhembi, assim que perceberam que era ela quem chegava ao local. “Abaixo o aumento da gasolina”, foi um dos gritos ouvidos durante a sua chegada, assim como “Fora Dilma” e “Fora PT”.

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Ao lado do ministro das Cidades e ex-prefeito da cidade, Gilberto Kassab, e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, Dilma procurou manter a calma, mas encurtou o trajeto que deveria fazer para visitar e prestigiar o Salão, o maior do setor na América Latina, segundo seus organizadores. Embora não tenha ouvido xingamentos, era claro o incômodo com a sua presença.

A insatisfação popular com a alta de preços pelo ajuste fiscal está ficando mais evidente e já está afetando a vida prática do Governo. Em Brasília, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, teve de cancelar uma entrevista coletiva que estava marcada para as dez da manhã desta terça por conta de uma manifestação de mulheres agricultoras contra o ajuste fiscal, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.

Aos poucos, o Governo vai se convencendo que terá um dos piores testes para o PT no poder no próximo domingo, quando estão previstas uma série de manifestações por todo o país contra a presidenta Dilma. Já se contam registros de atos programados em mais de 30 cidades.

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