13 fotosSão Paulo secaA capital econômica do país convive há meses com a falta de água. Se o volume das represas não se recuperar, o Governo estuda adotar um rodízio drástico na capital 28 fev. 2015 - 16:07BRTWhatsappFacebookTwitterBlueskyLinkedinLink de cópiaNa casa de José Martins, há meses as torneiras estão secas durante grande parte do dia. O idoso já se acostumou a captar água de chuva em baldes e a reciclar a água da máquina de lavar roupa.Victor MoriyamaA Companhia de Saneamento de São Paulo (Sabesp) reduz ao máximo a pressão dos encanamentos para limitar o consumo e as perdas por vazamentos. Com a medida, todos os bairros da capital estão sofrendo cortes no fornecimento de até 15 horas por dia. Quando a água volta, nem sempre está limpa.Victor MoriyamaOs caminhões pipa se tornaram o plano de emergência dos paulistanos depois de vários dias sem água. O setor cresceu 40% nos últimos meses, mas é incapaz de atender toda a demanda, afirma Marcelo Nigro, representante das empresas.Victor MoriyamaMariana Chaves, moradora de um bairro abastado de São Paulo, fica sem água durante grande parte do dia pela redução da pressão. Com a crise, Mariana começou a cronometrar o tempo que sua família gasta para tomar banho, proíbe o marido de fazer a barba sob a ducha e reutiliza toda a água usada na casa.Victor MoriyamaO Movimento dos Trabalhadores sem Teto, um dos mais articulados do país, convocou uma manifestação na quinta-feira em São Paulo que reuniu 10.000 pessoas. Os manifestantes, moradores da periferia, de ocupações ilegais e de favelas, exigem o fim do "racionamento seletivo" que afeta os mais pobres.Victor Moriyama (Getty Images)Os problemas de abastecimento se repetem desde o ano passado em várias regiões. Em Itu, no interior de São Paulo, foram registrados 20 dias de protestos violentos contra a falta de fornecimento. O município é um exemplo da possível convulsão social que poderia ocorrer na capital caso aconteçam cortes de água prolongados. Com as chuvas do começo do ano, a situação de Itu se normalizou, mas os moradores já temem a próxima estação seca.Victor MoriyamaNo ano passado, os moradores de Itu, no interior de São Paulo, tiveram de recorrer a córregos de origem desconhecida. O município manteve bairros sem água durante mais de duas semanas.Victor MoriyamaA arte urbana da capital já reflete a crise de água em São Paulo. O grafiteiro e ativista Mundano reflete a rotina de uma megalópole sem água.Victor MoriyamaA arte urbana da capital já reflete a crise de água em São Paulo. Os Gêmeos, os grafiteiros mais famosos do Brasil, incluíram o desabastecimento em suas mensagens.Victor MoriyamaVários veículos apareceram nas margens das represas que abastecem São Paulo com a queda radical do volume de água.Victor MoriyamaVários veículos apareceram nas margens das represas que abastecem São Paulo com a queda radical de seu volume. Neste carro semisubmerso na represa de Nazaré Paulista se lê: "Bem-vindo ao deserto da Cantareira [principal reserva de água do Estado]". Nas colunas da ponte se pode ver a marca da água antes da crise.Victor Moriyama (Getty Images)Vista aérea do Sistema de represas da Cantareira, o mais importante do Estado.Victor Moriyama (Getty Images)Vista aérea do sistema de represas da Cantareira, o mais importante de São Paulo.Victor Moriyama (Getty Images)