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Um dia de pânico em Copenhague

Em menos de 24 horas, um terrorista fez dois atentados, até que a polícia o matou

Impactos de bala no centro cultural de Copenhague.
Impactos de bala no centro cultural de Copenhague.CLAUS BJORN LARSEN (AFP)

Atentado no ato sobre a liberdade de expressão e a blasfêmia

No meio da tarde de sábado (hora local, final da manhã no Brasil), um homem faz entre 30 e 40 disparos de arma automática contra o café do centro cultural Krudttonden, onde acontecia o debate intitulado A arte, a blasfêmia e a liberdade de expressão. Entre os participantes estavam o embaixador da França na Dinamarca, François Zimeray, e o cartunista sueco Lars Vilks, um dos principais alvos dos fanáticos islâmicos por ter publicado anos atrás uma caricatura de Maomé como cachorro. Ambos escaparam ilesos do ataque, mas um espectador do debate foi morto e três agentes (um policial e dois seguranças particulares) ficaram gravemente feridos.

Fuga do suspeito e perseguição

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O terrorista foge em um carro escuro. Segundo informação divulgada pela polícia dinamarquesa, com base numa imagem imprecisa captada por uma câmera de vigilância, trata-se de um homem de 25 a 30 anos, porte atlético, 1,80 metro de altura e “traços árabes”. O homem usa uma arma automática e cobre o pescoço e parte do rosto com um lenço palestino amarelo, laranja e vermelho.

Segundo atentado, perto de uma sinagoga

Em plena busca pelo suspeito, horas depois do primeiro ataque, o homem reaparece na rua Krystalgade, perto da sinagoga mais importante da capital dinamarquesa. Volta a disparar à queima-roupa e mata um homem com vários tiros na cabeça. Dois agentes ficam feridos, um em um braço e o outro em uma perna. O atirador desta vez foge a pé.

Morte do suspeito perto da estação Norreport

Com a nova fuga do terrorista, a polícia e os serviços de inteligência dinamarqueses (PET) mobilizam uma gigantesca operação de caçada, que inclui a desocupação da principal estação ferroviária do país, no centro de Copenhague. Nas imediações dali, encontram o suspeito, que, segundo o relato da polícia, resiste à prisão e começa a tirar. Os policiais revidam e o matam.

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