Cuba completa a libertação dos 53 presos combinada com os EUA
Fontes norte-americanas consideram que criou-se um clima positivo para o diálogo
![Silvia Ayuso](https://imagenes.elpais.com/resizer/v2/https%3A%2F%2Fs3.amazonaws.com%2Farc-authors%2Fprisa%2F728fde18-e598-4c77-b0f3-a2aa9eedbbe5.png?auth=b16f7f1439293a8783b0efda8012053ee8d5475d3fa001455ae0914e51887b66&width=100&height=100&smart=true)
![O dissidente Wilberto Parada com a mulher e seu filho depois de ser deixar a cadeia na última sexta.](https://imagenes.elpais.com/resizer/v2/MDE5LQW5QYWLGVBSJTXXNPHXUE.jpg?auth=1a85f0fa74b6d7248d476eb7c0004bad4ec98d24a122fef08b73db4502be6df2&width=414)
O Governo Cubano informou oficialmente o norte-americano que “completou” a libertação dos 53 presos políticos que havia prometido tirar da prisão, quando houve o anúncio da normalização das relações realizada em 17 de dezembro pelos presidentes Barack Obama e Raúl Castro.
“Saudamos esse acontecimento positivo e ficamos satisfeitos em ver que o Governo cubano cumpriu esse compromisso”, declarou uma fonte oficial norte-americana em condição de anonimato.
De acordo com a fonte, a Seção de Interesses norte-americana em Havana pôde “verificar” a libertação dos presos, cujos nomes Washington repetidas vezes recusou revelar nos últimos dias. O Departamento de Estado alegava que isso poderia ser contraproducente para o processo, já que suas libertações não faziam parte, estritamente, do acordo bilateral, uma vez que foi proposta de Cuba e, portanto, o tempo para agir era uma decisão “soberana” da ilha.
De Cuba, entretanto, organizações dissidentes como a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN) e a União Nacional Patriótica de Cuba (Unpacu) forneceram, nos últimos dias, listas com os nomes dos libertados.
O anúncio sobre o fim do processo de libertações ocorreu pouco mais de uma semana antes de começarem as conversas oficiais para negociar a normalização de relações diplomáticas, em Havana, em 21 e 22 de janeiro. As negociações, que fazem parte das conversas migratórias que os EUA e Cuba mantém a cada seis meses, serão lideradas, da parte norte-americana, pela secretária de Estado adjunta para a América Latina, Roberta Jacobson.