ONU rejeita resolução da Autoridade Nacional Palestina sobre acordo de paz
Texto foi refutado pelo Conselho de Segurança por dois votos contrários
O Conselho de Segurança das Nações Unidas refutou na terça-feira a resolução apresentada por 22 países árabes e a Autoridade Nacional Palestina (ANP), liderada pela Jordânia, que pedia que israelenses e palestinos chegassem a um acordo de paz em 12 meses, que deveria terminar com a retirada de Israel, no final de 2017, dos territórios ocupados desde 1967.
O texto da resolução recebeu oito votos a favor, dois contrários e cinco abstenções. Eram necessários pelo menos nove votos a favor para que fosse aprovada, e, nesse caso, que nenhum dos cinco países permanentes do Conselho de Segurança com direito a veto, dos 15 membros que fazem parte do órgão, votassem contra.
Como era previsto, os Estados Unidos, membro permanente do importante órgão, refutou a proposta, da mesma forma que a Austrália. Outro dos países com direito a veto, o Reino Unido, se absteve, junto com a Lituânia, Nigéria, Coréia e Ruanda. Os oito Estados que respaldaram a versão inicial do texto foram, além da requisitante Jordânia, a Argentina, Chade, Chile, Luxemburgo, China, França e Rússia (estes três últimos também com direito a veto).
Ao explicar seu voto, a embaixadora dos EUA, Samantha Power, lamentou que o texto inicial da resolução chegasse ao Conselho “sem discussão entre seus membros. A resolução não era um caminho construtivo, não cria clima para a negociação”, concluiu. Power disse que a proposta era contrária às tentativas para conseguir que palestinos e israelenses negociem a paz em um diálogo direto, ainda que tenha lamentado “a frustração que gera em ambas as partes”.
O representante do Reino Unido, Mark Lyall Grant, que se absteve, concordou com sua colega norte-americana que a falta de acordo pesou na decisão tomada por Londres. Lyall Grant assegurou que seu país está disposto a “revisar” uma nova resolução em 2015. “É possível fazer um texto que tenha o apoio de todos os membros”. Para justificar seu voto positivo, o embaixador da França, François Delattre, lamentou que não fosse possível chegar a um consenso e que o esforço deveria continuar. “Os membros do Conselho de Segurança têm a obrigação de criar uma base crível para a paz, ser um ator positivo nesse conflito”, disse. Mas o diplomata admitiu que o texto não era perfeito. “Temos problemas com algumas partes e com a forma com que foi apresentado”.
O representante palestino na ONU, Riyad Mansur, lamentou que a ONU fosse “incapaz” de assumir suas responsabilidades diante dos pedidos internacionais para conseguir a paz no Oriente Médio.
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