OMS prevê até 10.000 infectados pelo ebola por semana na África
Organização afirma que pico do contágio pelo vírus deve ocorrer em dezembro deste ano
A apuração realizada, periodicamente, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que, atualmente, ocorrem mil contágios por semana nos três países mais afetados pela epidemia de ebola: Guiné, Libéria e Serra Leoa. Apesar de o “crescimento exponencial” temido pela organização no começo do mês de setembro não ter acontecido, o alerta não foi deixado de lado. Na realidade, Bruce Aylward, diretor-geral adjunto da OMS e coordenador das operações de luta contra o surto, afirmou terça-feira, em entrevista coletiva em Genebra, que em dezembro poderão ser registrados entre 5.000 e 10.000 contágios por semana. Esse seria o pico, seguido posteriormente por uma suposta redução drástica dos casos até, finalmente, ser possível controlar a epidemia.
Aylward afirmou que há duas questões que preocupam, especialmente, a OMS: a doença continuar “a se espalhar geograficamente nos três países” e a detecção de centenas de casos nas capitais. Apesar dos números, ele se mostrou convencido de que a epidemia pode ser controlada.
O próprio diretor da OMS atualizou o número oficial de infectados, 8.914, e de mortos, 4.447. “Esta semana superaremos os 9.000 casos de contágio”, disse. A taxa de mortalidade continua em uma média de 70%.
A OMS acredita que o objetivo 70-70-60 estabelecido dentro da missão das Nações Unidas para a resposta de emergência perante o ebola será cumprido a tempo. O plano consiste em que 70% dos infectados sejam corretamente isolados e que 70% dos enterros ocorram de forma segura — duas das principais fontes de contágio —, tudo isso, antes de um prazo de 60 dias. A contagem regressiva começou no dia 1º de outubro, e, portanto, até 1º de dezembro essas metas devem ser alcançadas.
Ele anunciou também que os Estados Unidos e o Reino Unido vão construir centros de tratamento do ebola na Libéria e em Serra Leoa, respectivamente.
Enfermeira americana passa bem
A enfermeira contaminada por ebola nos EUA, Nina Pham, afirmou terça-feira que está "bem", segundo um comunicado do Hospital Presbiteriano de Dallas (Texas), onde está internada em regime de isolamento desde a última sexta-feira.
"Estou bem e quero agradecer a todos pelos desejos e orações. Fui abençoada pelo apoio da minha família e amigos e pelos cuidados da melhor equipe de médicos e enfermeiras do mundo", garantiu Pham, que foi uma das enfermeiras que atendeu, no Hospital Presbiteriano, Thomas Eric Duncan, o primeiro caso de ebola diagnosticado fora da África Ocidental e o único que morreu nos EUA, no dia 8 de outubro.
Na segunda-feira, o diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, Thomas Frieden, informou que a paciente, de 26 anos, estava “clinicamente estável”.
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