Segundo teste do ebola em africano no Brasil dá negativo
Com a segunda confirmação, caso suspeito, que esteve no Paraná, é descartado, segundo ministro da Saúde, Arthur Chioro
O segundo teste feito com o africano vindo da Guiné, suspeito de ter contraído o vírus do ebola, deu negativo. A suspeita foi levantada na sexta-feira da semana passada quando os primeiros exames começaram a ser feitos. No sábado, o primeiro teste resultou negativo. O segundo exame foi feito com o resultado apresentado nesta segunda em uma coletiva de imprensa também deu negativo. Com isso, o caso suspeito é considerado descartado, segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Chioro anunciou que o Ministério da Saúde começará a trabalhar em parceria com o Ministério do Turismo para orientar turistas brasileiros e estrangeiros. “Faremos um material básico para orientar as pessoas”, disse. “A nossa principal arma neste momento é manter as pessoas bem informadas, principalmente para que a gente não tenha preconceito por desinformação”.
De acordo com o ministro, existem hoje 59 brasileiros nos três países contagiados pelo ebola: 32 na Guiné, 25 na Libéria e dois em Serra Leoa, entre embaixadores, trabalhadores e médicos missionários. Segundo Chioro, há um contato semanal entre o governo e a maioria dessas pessoas para um controle. “Todas as semanas temos uma reunião com o Ministério das Relações Exteriores e os grupos que estão nesses países – médicos sem fronteiras, trabalhadores, embaixadores - para fazermos um monitoramento”, disse. “Além disso, o nosso fluxo desses países com o Brasil e do Brasil com esses países é muito pequeno, o que diminui os riscos”.
O africano saiu de Guiné no dia 18 de setembro e passou pelo Marrocos antes de chegar ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. De lá, ele viajou para Cascavel, no Paraná, chegando no dia 19 de setembro. O homem de 47 anos se apresentou a uma unidade de Saúde em Cascavel na quinta-feira dia 9, afirmando estar com tosse, dor de garganta e febre desde a quarta-feira dia 8. Na sexta-feira, ele foi transferido para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Rio de Janeiro, para que ele fosse isolado e realizassem testes e um monitoramento.