_
_
_
_

“Diego Costa precisa ter mais paciência”

Cesc, companheiro do atacante, adverte que a Espanha não é tão vertical quanto o Chelsea

Diego Costa tenta controlar a bola.
Diego Costa tenta controlar a bola.Juan Carlos Cardenas (EFE)

A figura de Diego Costa continua sendo objeto de debate dentro e fora da seleção. O nove somou, contra a França, outra partida sem marcar. O discurso do treinador, Vicente del Bosque, continua sendo o mesmo que antes da Copa do Mundo no Brasil: “Não chegamos ao gol. Foi uma volta com uma equipe muito renovada. Ainda não foi possível produzir vínculos, mas pouco a pouco vamos conectando com Costa e isso vai dar bons resultados. Não tenho dúvidas disso.”

Em geral os novos demonstraram que têm nível Vicente del Bosque

Cesc saiu em defesa de seu companheiro no Chelsea: “Jogou quatro partidas, o estilo da seleção é diferente. Não existe tanta ansiedade por atacar rápido como no Chelsea ou no Atlético. Ele precisa ter mais paciência.” “Não temos um problema com o gol”, acrescentou o técnico, “Diego Costa está se adaptando a nós e em geral os novos demonstraram que têm nível. Temos que começar a escalar De Gea. Queríamos que jogasse em uma partida importante.”

O técnico afirmou que é preciso ir preparando os substitutos de Casillas, como David de Gea, e se mostrou satisfeito com o jogo e com o rendimento individual exibido. “Foi um bom início”, disse, “criamos jogadas, não ficamos ansiosos e dominamos o ritmo da partida com a posse de bola. Curiosamente, na primeira parte, tivemos mais controle e menos ocasiões e na segunda metade foi ao contrário.”

França, 1- Espanha, 0

França, 1- Espanha, 0

França: Lloris; Debuchy, Varane, Sakho, Evra (Digne, m. 68); Pogba, Sissoko (Schneiderlin, m. 79), Matuidi (Cabaye, m. 68); Valbuena (Cabella, m. 75), Benzema, Griezmann (Rémy, m. 58). No banco: Ruffier, Mandanda; Mangala, Sagna, Mathieu, Mavuba e Lacazette.

Espanha: De Gea; Carvajal, San José, Ramos, Azpilicueta; Koke, Busquets (Iturraspe, m. 46), Cesc Fàbregas (Pedro, m. 67); Raúl García (Silva, m. 57), Diego Costa (Alcácer, m. 67), Cazorla (Isco, m. 78). No banco: Casillas, Casilla; Juanfran, Bartra, Albiol e Alba.

Gol. 1-0. M. 73. Rémy.

Árbitro. Alain Bieri (Suíça).

Estádio francês em Saint-Denis. Ao redor de 80.000 espectadores.

“Competimos, nem sequer depois do gol deles nos desarmamos, reagimos bem e atacamos. As sensações foram boas”, sentencia Azpilicueta.

A partida tinha o atrativo de ver jogando juntos Koke e Busquets. Del Bosque disse que a seleção espanhola soube administrar bem a conquista dos três títulos consecutivos de 2008, 2010 e 2012. Para assimilar a derrota sem diminuir a ambição, o treinador tinha reunido a equipe e havia dado como exemplo a lembrança de dois homens, Xavi e Alonso, “dois heróis, dois exemplos cheios dos valores que devemos ter presentes, agora e sempre.” Busi há anos se espelha no jogador de Tarrassa, e Koke herdou sua camiseta, a número 8, mostra inequívoca do respeito que sente por ele.

Mais informações
O bondoso guerreiro de Lagarto
A vida do atacante Diego Costa
O centroavante, uma espécie em extinção

A partir daí, os discípulos trabalharam de forma consequente, se juntaram e organizaram ao redor deles a seleção para enfrentar a França e levantar a cabeça com orgulho. A partida foi muito disputada, Busquets quase teve a cabeça arrancada por um chute violento de Griezmann no final do primeiro tempo. O catalão caiu na grama. Seja por isso, ou porque na segunda-feira precisa dele para o jogo contra a Macedônia, o treinador substituiu-o no segundo tempo, entrando Iturraspe no lugar. A equipe notou a mudança. Mas durante um bom tempo, ficou claro que se alguém herda o espírito de Xavi e Xabi são Koke e Busi, dois garotos de bairro.

Jorge Resurrección sempre foi chamado de Koke em Vallecas; Sergio Busquets nasceu em Badía e normalmente era chamado de Busi. Um é madrilenho e o outro catalão, além de defenderem ontem a camiseta espanhol, apesar de que um é filho de um trabalhado na fábrica da Heineken e o outro de um jogador de elite, eles têm algo em comum. Os dois passavam os dias no bairro, cresceram fugindo dos livros e chutando a bola nas praças de terra com bancos como gol, jogando com os amigos, os mesmos com os quais, agora, quando conseguem, se encontram para tomar algo. Ontem o técnico Vicente del Bosque confiou neles para reabilitar o barco da Espanha, que chegou do Brasil encalhado no raso e parecendo que ia afundar. Mas não. O barco continua flutuando. Juntos no essencial, Koke, de 22 anos, e Busquets, de 26, começaram a reorganizar o barco que navegou invicto até muito pouco, até que a Holanda abriu uma rachadura que esteve a ponto de fazê-lo naufragar, mas que ontem voltou a navegar com nova tripulação. Koke e Busi, dois rapazes de bairro, têm muita raça e não se importam de remar contra a corrente. “Tivemos alguns problemas com Valbuena, mas entre os dois tudo se resolveu bem”, elogia Del Bosque, que também aproveitou o amistoso para alternar quatro jogadores.

Carvajal, San José e Raúl García estrearam como titulares, e depois entrou Alcácer. Com eles já são 44 os jogadores que vestiram pela primeira vez a camiseta da equipe nacional sob o comando de Del Bosque, desde que ele assumiu em 2008. “Estou contente com os novos, mas também pelo que já estavam no grupo”, conclui o técnico.

Ante a Macedônia, na segunda-feira, a seleção espanhola não contará com Costa, que lesionou a coxa. Para o seu lugar foi convocado o jovem Munir, atleta de 19 anos do Barcelona.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_