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Líderes internacionais apoiam Santos em seu processo de paz com as FARC

Em Cartagena, o presidente assegurou que a Colômbia está pronta para decolar e se tornar um país desenvolvido

Santos e os ex-presidentes que participaram da Terceira Via.
Santos e os ex-presidentes que participaram da Terceira Via.R.M (EFE)

Um grupo de líderes mundiais reunidos na Cúpula da Terceira Via, em Cartagena, assinou uma declaração de apoio ao processo de paz que o Governo colombiano negocia com as FARC em Cuba, declarando que “um acordo final significaria também a paz de todo o continente americano”. Os líderes fizeram um apelo para que todos os países continuem apoiando decididamente o processo que poderá resultar em uma maior integração e em uma contribuição para a paz e a segurança internacionais.

No encontro, chamado “A Terceira Via: O caminho para a prosperidade econômica e social”, os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Bill Clinton (Estados Unidos), Ricardo Lagos (Chile) e Felipe González (Espanha), além do ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, afirmaram que “nada é mais importante para a Colômbia que a conquista da paz”.

No primeiro dos cinco pontos da declaração, os ex-mandatários destacaram que, nas últimas eleições, o presidente Juan Manuel Santos recebeu dos colombianos um mandato para levar adiante o processo de paz. Eles afirmaram que os acordos conseguidos até agora em Havana são significativos e mostram a seriedade de ambas as partes, o que serviu como uma mensagem de incentivo para que se chegue a um acordo final o quanto antes.

Segundo os mandatários participantes da Cúpula, o objetivo da Terceira Via é obter o crescimento econômico com uma postura democrática e a partir de uma posição de centro. Ou, como definiu Santos, citando Blair: “Tanto mercado quanto seja possível e tanto Estado como seja necessário”.

Nesse contexto, os convidados presentes em Cartagena consideraram que as reformas que permitirão a assinatura do acordo em Havana poderão dar à Colômbia mais força e mais velocidade no caminho de uma modernização com justiça social. “Sem conflitos, as oportunidades para a prosperidade e o progresso social dos colombianos não terão limites”, disseram.

Antes da declaração, os cinco líderes participaram de uma mesa-redonda com Santos, liderada pelo presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno. O presidente colombiano afirmou que, graças aos avanços dos últimos anos, a Colômbia “está pronta para decolar para novos horizontes, para sonhar em se tornar um país desenvolvido, para tomar parte nas grandes decisões internacionais, e para integrar, por exemplo, a OCDE, o grupo de países que promovem as melhores práticas econômicas e de governo”.

Santos disse que o país já está neste caminho e que os resultados em termos de crescimento econômico se devem aos esforços do Governo na área de reformas estruturais: “Hoje temos uma inflação menor que 3% e uma economia que cresceu 6,4% no primeiro trimestre – a segunda de maior crescimento no mundo nesse período”.

O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair concordou e disse que a assinatura de um acordo de paz “vale a pena”. Ele afirmou ainda que a paz permitirá que a Colômbia alcance uma maior prosperidade em termos materiais e dará ao país “um espírito de esperança para o futuro”.

O ex-presidente do Governo espanhol Felipe González afirmou ser esta a primeira vez em sua vida e em suas relações com a Colômbia em que vê uma oportunidade para a paz.

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