Um incêndio gigantesco atinge a cidade chilena de Valparaíso
Quatro pessoas morreram, 5.000 foram retiradas de suas casas e 500 imóveis ficaram destruídos Bachelet decreta estado de exceção para que o Exército ajude a controlar a tragédia
Um incêndio atingiu a cidade portuária chilena de Valparaíso e causou quatro mortes, a destruição de 500 casas e obrigou a retirada de 5.000 pessoas de suas residências, segundo um balanço parcial. Os militares tomaram o controle da cidade, a 120 quilômetros de Santiago do Chile, após a presidenta, Michelle Bachelet, decretar o estado de exceção para que as Forças Armadas colaborem para apagar o fogo, que avança sem controle desde a tarde do sábado fortalecido pelos fortes ventos costeiros. “Vivi sempre na cidade e é a maior catástrofe que vi”, ressaltou ao canal 24 Horas o chefe regional, Rodrigo Bravo.
O fogo começou às 16h30 no Chile no caminho para La Pólvora, uma das estradas de acesso a Valparaíso, que em 2003 foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. As más condições climáticas e o forte vento levaram o incêndio florestal a se estender para as regiões habitadas da cidade. Doze horas depois do início, o fogo atingia 270 hectares e afetava as zonas povoadas dos morros La Cruz, El Vergel, San Roque, Las Cañas e Mariposas.
As vítimas mortais são três homens e uma mulher, segundo o ministro do Interior, Rodrigo Peñailillo. As autoridades estão vigiando permanentemente as condições meteorológicas, especialmente a força e a direção do vento, e aguardavam o início do dia para acionar as aeronaves que podem descarregar a água nas zonas de acesso mais difícil, informa a EFE. Uma dezena de albergues foram habilitados para acolher as pessoas que perderam suas casas, informou Jorge Castro, o prefeito de Valparaíso. O secretário de Estado disse que o chefe da Primeira Zona Naval, o contra-almirante Julio Leiva, será o encarregado de liderar os trabalhos para apagar o fogo.
Valparaíso é uma das cidades com maior número de habitantes do Chile e está formada por cerca de 40 morros na orla do oceano Pacífico. As ruas são estreitas e íngremes, o que dificultou o acesso dos bombeiros. Além disso, grande parte das construções são antigas. A maior cidade portuária do país, onde também funciona o Congresso Nacional, se transformou nos últimos anos em um polo de atração turística. Milhares de estrangeiros visitam o local, que é patrimônio cultural da cidade, onde o poeta Pablo Neruda tinha uma de suas peculiares casas, La Sebastiana.
As imagens são desoladoras e provocaram comoção nas redes sociais como Twitter. As atividades noturnas foram suspensas em toda a cidade e três aviões e quatro helicópteros esperam a luz do dia e melhores condições meteorológicas para poder combater a emergência.
Esta é a segunda grande tragédia que Bachelet teve que enfrentar desde o último 11 de março, quando assumiu seu segundo período no Governo: em primeiro de abril, um terremoto de magnitude 8,2 devastou o norte do Chile. O tremor provocou seis mortes e causou graves danos na infraestrutura de cidades como Iquique e a destruição de localidades humildes, entre elas Alto Hospício.
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