_
_
_
_

O ETA reafirma o desarmamento total e pede melhores condições para seus presos

O grupo terrorista envia um comunicado no qual se compromete inutilizar "até o último arsenal" O texto está datado em 24 de fevereiro, após o fiasco dos verificadores

O grupo terrorista do país Basco, na Espanha, o ETA, emitiu um novo comunicado no qual expressa sua decisão de completar o processo de desarmamento "até o último arsenal". O texto, enviado ao site do jornal Gara, está datado na segunda-feira passada, em 24 de fevereiro, dois dias após a emissão do vídeo no onde aparecem dois encapuzados mostrando um pequeno arsenal de pistolas e explosivos a dois membros da chamada Comissão de Verificação Internacional. Posteriormente os terroristas colocaram as armas em uma caixa de papelão e levaram embora, corroendo o papel dos mediadores designados pelo próprio ETA.

No comunicado, que era esperado no passado domingo, o ETA pretende garantir que suas "armas, explosivos e dispositivos" se encontrem "fora de uso operativo" e que já existe um método pré-definido com o grupo de verificadores encabeçado pelo finlandês Ram Mannikalingam mediante o qual a comissão comprovará o fechamento dos esconderijos e o inventário das armas que ainda estão com o grupo.

"O processo de inutilização de armas começou e o compromisso do ETA é ir até o final, até o último arsenal", assegura ETA. No entanto, o grupo não menciona nenhum tipo de entrega das armas e pede "diálogos e acordos" para "superar todas as consequências do conflito, incluindo o desarmamento". A organização terrorista reclama assim uma negociação sobre seus presos. De fato, no texto menciona a "cruel política penitenciária" e a "urgência de terminar com a violação de direitos que sofrem" aqueles denominados pela organização de 'presos políticos bascos'.

O comunicado não se refere a um desarmamento incondicional. Assegura que não depende só da "vontade do ETA e do profissionalismo da Comissão de Verificação Internacional". Em outro comunicado, escrito no dia seguinte do comparecimento dos verificadores perante o juiz da Audiência Nacional, Ismael Moreno, informaram sobre as circunstâncias da gravação do vídeo da entrega de armas. No texto, o ETA adverte que os ataques e obstáculos ao processo podem condicionar gravemente a viabilidade do pacto e pede "responsabilidade" a "todos os agentes".

Trata-se do 11º comunicado do ETA desde o fim definitivo da violência em 20 de outubro de 2011. O anterior foi divulgado em 7 de fevereiro e anunciava que o grupo "contribuiria significativamente" ao processo do fim da violência no País Basco, no norte da Espanha.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_