_
_
_
_

Obama: “Mandela agora pertence à eternidade”

O presidente dos EUA reconhece o impacto do sul-africano em sua vida. Outros ex-mandatários também admiravam sua luta pela liberdade

Eva Saiz
Barack Obama durante seu discurso sobre a morte de Mandela.
Barack Obama durante seu discurso sobre a morte de Mandela.SHAWN THEW (EFE)

Visivelmente emocionado, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, louvou a trajetória vital e política de Nelson Mandela e destacou o impacto que teve em sua própria vida numa mensagem da Casa Branca, lida minutos depois do anúncio da morte do líder sul-africano. As palavras do mandatário somaram-se à de outros ex-presidentes e à de altas personalidades políticas norte-americanas que também ressaltaram sua luta a favor da liberdade e o poder transformador de seu exemplo na transformação social da África do Sul. Enquanto Obama falava, na embaixada sul-africana em Washington, foi iluminada a estátua de seu ex-presidente, inaugurada há algumas semanas enquanto já começavam a chegar os primeiros compatriotas para mostrar suas condolências.

“Seu compromisso em buscar a reconciliação com aqueles que o enviaram à prisão é um modelo de conduta que deveria aspirar toda a humanidade”, afirmou Obama. O presidente reconheceu que Mandela era seu herói e, nesta quinta-feira, se referiu em várias ocasiões à influência que ele exerceu sobre ele em seus tempos de estudante. “Minha primeira atividade verdadeiramente política foi me manifestar contra o apartheid”, disse Obama, acrescentando que não podia imaginar sua própria vida “sem o exemplo deixado por Mandela”. “Ele não nos pertence, pertence à eternidade”, disse.

Neste verão (norte-americano), o presidente viajou à África do Sul com a esperança de poder conhecer a Mandela, mas seu delicado estado de saúde frustrou esse encontro. Obama, porém, visitou com as suas filhas a diminuta cela na prisão de Robben Island, em que o ex-presidente sul-africano ficou preso por 27 anos. “No dia em que foi libertado tive a certeza do que os seres humanos podem fazer quando são guiados por suas esperanças em vez de seus medos”, explicou o presidente, em outro exemplo do impacto que Mandela teve nele.

Seu predecessor na Casa Branca, George W. Bush, destacou que o líder sul-africano foi “uma das grandes líderes das liberdades e da igualdade do nosso tempo”. Seu pai, George H. W. Bush, reconheceu que era “um homem de grande valentia que transformou o curso da história de seu país”.

Bill Clinton mostrou seus condolências via Twitter com uma foto de deles: “Nunca esquecerei meu amigo Madiba.” O ex-presidente democrata e sua mulher, Hillary, visitaram Mandela em várias ocasiões e, como Obama, nunca escondeu sua admiração por ele. O ex-presidente Jimmy Carter dirigiu-se aos cidadãos sul-africanos, assinalando que “perdiam um grande líder”.

De Israel, onde se encontra para acelerar as negociações de paz no Oriente Próximo, o secretário de Estado, John Kerry, destacou que Madiba será lembrado como "um pioneiro da paz". "Sua viagem para a liberdade deu um novo significado às palavras valentia, perdão e dignidade humana. Agora que esse longo caminho chegou ao seu fim, o modelo que ele ofereceu à humanidade, viverá para sempre", disse Kerry em um comunicado.

O líder dos republicanos no Congresso, John Boehner, também salientou a profunda mudança que que ele promoveu em seu país. “Mandela liderou seus compatriotas numa transformação épica, com uma autoridade tranquila, que guiou seu próprio caminho da prisão à presidência.”

"Sempre se diz quando alguém morre que suas palavras e suas ações sobreviverão, mas, neste caso é verdadeiro", destacou em um comunicado a antiga secretária de Estado da gestão Clinton, Madeleine Albright. Outra ex-secretária de Estado, Condoleeza Rice, engrandeceu a figura de Mandela como um símbolo de luta "pelos direitos humanos e pela igualdade".

O ainda prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, lamentou a “perda de uma das figuras mais influentes da história moderna” e o presidente do Comitê de Assuntos Exteriores do Senado, o democrata Bob Menéndez, lembrou como Mandela “nos ensinou sobre humanidade no meio da inumanidade”.

Muhhamad Ali, que encontrou Mandela em várias ocasiões, disse umas emotivas palavras em homenagem ao ex-presidente sul-africano: "O seu foi um espírito livre nascido para alçar-se sobre o arco-íris. Hoje esse espírito alça-se sobre os céus e será livre para sempre."

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

¿Tienes una suscripción de empresa? Accede aquí para contratar más cuentas.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_