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Encontrados novos destroços suspeitos de pertencer ao voo MH370

Malásia diz que o flaperon foi “identificado oficialmente” como parte de um Boeing 777

Policiais inspecionam um objeto metálico encontrado na praia de Saint-Denis, na ilha Reunião, em 2 de agosto.
Policiais inspecionam um objeto metálico encontrado na praia de Saint-Denis, na ilha Reunião, em 2 de agosto.RICHARD BOUHET (AFP)

Os investigadores encontraram no domingo na ilha Reunião vários “objetos metálicos” que serão examinados para determinar se provêm de um avião. Os restos estavam no litoral da ilha, situada no oeste do Oceano Índico, perto de onde foi encontrado, há quatro dias, um flaperon pertencente a um Boeing 777, o mesmo modelo de avião que transportava os 239 passageiros do MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido há 16 meses.

Os objetos estão sob custódia da Gendarmaria do território ultramarino francês. Um deles mede 100 centímetros quadrados, possui uma alça parcialmente coberta de couro e tem inscritos dois ideogramas, conforme informa a agência France Presse. A fonte, entretanto, ressaltou que no momento “nada indica” se tratar de peças provenientes de uma aeronave. As novas descobertas, junto aos restos de uma mala muito danificados e duas garrafas com rótulos em indonésio e chinês, serão analisadas pelos peritos enviados à ilha para determinar se têm alguma relação com a aeronave desaparecida.

A descoberta de uma peça que se revelou ser de um Boeing 777 é a primeira prova concreta de que o MH370 teria caído no sul do oceano Índico, confirmando a versão oficial. O voo MH370 é o único Boeing 777 desaparecido no Índico. Até agora as operações de busca foram realizadas em uma área a 2.000 quilômetros da costa oeste da Austrália – e a quase 4.000 quilômetros da ilha Reunião – com base em cálculos dos dados registrados por vários radares militares e o satélite Inmarsat, que detectou o aparelho desviando-se para o sul em sua rota de Kuala Lumpur a Pequim. Voou até sete horas e meia depois da decolagem, muito mais tempo do que teria demorado para chegar à capital chinesa.

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O flaperon, de dois metros de comprimento, foi transportado até uma unidade especializada do Ministério da Defesa francês perto da cidade de Toulouse, onde a partir de quarta-feira os técnicos avaliarão se pertence ou não ao voo da Malaysia Airlines. O exame também pode determinar se a nave explodiu no ar ou se partiu no impacto contra o mar. Além dos técnicos franceses, representantes da Malásia, Estados Unidos e China participarão das investigações.

Com a confirmação de que a primeira peça encontrada pertence ao mesmo modelo do avião desaparecido, a Malásia anunciou que pedirá a colaboração de todos os territórios próximos a Reunião para que estejam atentos e avisem caso sejam encontrados destroços suspeitos de pertencer a um avião. As ilhas Maurício e, mais longe, Madagascar, Maldivas e Seychelles são países que poderiam receber a chamada.

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