França confirma: peça encontrada é do voo MH370 da Malaysia Airlines
Equipes de investigação francesas analisaram destroços de Boeing e de mala de viagem
Os técnicos franceses que analisaram o fragmento de asa descoberto na semana passada na ilha francesa da Reunião confirmaram que os restos pertencem à aeronave da Malaysia Airlines que fazia o voo MH370, que desapareceu há mais de um ano com 239 pessoas a bordo. Aumentam assim as esperanças de desvendar um dos maiores mistérios da aviação civil. Na tarde desta quarta-feira, no sul da França, começa a análise do fragmento da asa descoberto na semana passada na ilha francesa da Reunião, no Oceano Índico. Os restos da mala de viagem também encontrados no Índico foram examinados num laboratório na região de Paris.
A França, de onde provinham quatro passageiros do voo e em cujo território foram encontrados os destroços, abriu uma investigação judicial em paralelo à investigação internacional, coordenada pela Austrália. Os peritos judiciais e os técnicos franceses trabalham, entre outros, com representantes da Malásia e técnicos da Boeing, a fabricante do avião do voo MH370.
A primeira coisa feita pelos técnicos que trabalham no laboratório militar de Balma, perto de Toulouse, aonde o flaperon chegou no sábado, foi confirmar que esse pedaço de asa de cerca de dois metros quadrados pertence ao avião desaparecido. Para isso, examinaram e compararam os números de série disponíveis com os desenhos de fabricação, os materiais utilizados e inclusive possíveis restos de tinta. Já se sabia que o flaperon pertencia a um Boeing 777, o mesmo aparelho do voo MH370, e que não foram registrados outros incidentes com esse tipo de aeronave na área.
A segunda etapa, que vai demorar mais tempo, será a procura de indícios sobre o que aconteceu com o voo e a localização de outros destroços. Os especialistas opinam que é improvável que o próprio fragmento indique as causas do acidente, a menos que a peça tenha estado diretamente envolvida no acidente. Mas a análise poderia ajudar a compreender a trajetória do voo e ajudar na busca de mais destroços. Os técnicos analisarão, especialmente, os restos de crustáceos presentes nos objetos. Estes poderiam lançar alguma luz sobre o tempo que as peças permaneceram na água, a temperatura desta e o trajeto percorrido.
As análises foram desenvolvidas na presença de representantes da empresa malaia, de um técnico australiano, da justiça chinesa (153 dos desaparecidos no voo que fazia a rota Kuala Lumpur-Pequim em março de 2014 eram de nacionalidade chinesa), da Boeing, da justiça e da gendarmeria francesas. Na segunda-feira, os representantes das principais partes envolvidas se reuniram em Paris para coordenar a investigação. A tese privilegiada pela justiça francesa é a do sequestro, pois o sistema de rastreamento do avião foi desativado voluntariamente antes de mudar de rota.
Tanto o flaperon quanto a mala foram descobertos na quarta-feira passada em uma praia da ilha francesa da Reunião, no Oceano Índico. Durante o fim de semana, a descoberta de novos elementos metálicos na área parecia confirmar que outras partes se encontravam a pouca distância, mas acabaram se revelando serem pistas falsas.
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