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Os investigadores acham que avião que sumiu voou mais rápido do que pensavam

O foco da busca do MH370 desloca-se 1.100 quilômetros ao nordeste

As autoridades australianas deslocaram o centro de atenção da busca do avião de Malaysia Airlines desaparecido em 8 de março uns 1.100 quilômetros ao nordeste de onde o estavam fazendo até agora no Índico sul, após ter recebido “uma nova pista crível” da equipe de investigação internacional na Malásia, segundo informou nesta sexta-feira a Autoridade de Segurança Marítima Australiana (AMSA) em um comunicado.

A modificação aconteceu porque os especialistas acham que o Boeing 777-200ER “voou a maior velocidade da que se estimou previamente, o que provocou um maior consumo de combustível e reduziu a possível distância que a aeronave tenha viajado para o sul no oceano Índico”.

Há mais de uma semana, barcos e aviões de vigilância em meia dúzia de países têm pesquisado o mar a cerca de 2.500 quilômetros ao sudoeste da cidade australiana de Perth, onde as imagens de satélites de diferentes países detectaram centenas de possíveis restos do voo MH370, que desapareceu menos de uma hora após decolar com 227 passageiros e 12 tripulantes a bordo. Até agora não foi recuperado nenhuma parte do avião.

A nova zona de busca  tem uma superfície de uns 319.000 quilômetros quadrados

“A nova informação está baseada em uma análise contínua de dados de radares entre o mar do Sul da China e o estreito de Malaca (situado entre a Malásia e a Indonésia) antes de que se perdesse o contato com os radares”, assinala a AMSA. Os responsáveis pela investigação australianos examinaram esta informação e decidiram que “esta é a pista mais crível sobre onde podem ser localizados os restos”. A nova zona tem uma superfície de 319.000 quilômetros quadrados –ligeiramente superior à da Itália-, e se encontra a 1.850 quilômetros ao oeste de Perth.

O anúncio ocorreu após a Tailândia dizer ontem que um de seus satélites identificou na segunda-feira passada uns “300 objetos de diferentes tamanhos” no Índico sul, a 2.700 quilômetros ao sudoeste de Perth. O Japão também disse que uma análise de seus satélites detectou 10 objetos quadrados flutuando no mar, embora não está claro se na nova zona de busca. Na quarta-feira, a Malásia anunciou que a França facilitava imagens de satélite, tomadas no domingo, que mostravam 122 objetos no oceano a uns 200 quilômetros de onde Tailândia detectou os possíveis restos. A China e Austrália, também registraram imagens de satélite de possíveis restos no Índico sul.

Depois de a busca ter sido suspensa na quinta-feira por causa do mau tempo, nove aviões militares e um civil estão saindo nesta sexta-feira de forma escalonada para a nova zona para tentar localizar algum possível objeto do avião. Também se dirigem para esta área seis barcos (um deles, australiano, e cinco chineses). Dos 227 passageiros no MH370, 153 eram chineses. A Malásia anunciou na segunda-feira passada que o Boeing caiu no oceano Índico sul sem deixar sobreviventes.

Quando passaram 21 dias do desaparecimento do MH370, ainda se desconhece o local onde caiu o MH370 e não se encontraram restos confirmados do mesmo. As baterias que permitem a caixa preta do Boeing enviar sinais para sua localização têm uma duração de 30 dias. A recuperação do equipamento, com a gravação das conversas dos pilotos e dados do voo, é imprescindível para tentar saber o que ocorreu. Os investigadores acham que alguém desligou os sistemas de comunicação da aeronave e a desviou de sua rota durante horas. As teorias do ocorrido vão desde a sabotagem e o sequestro a uma tentativa de suicídio por parte do piloto ou do copiloto, embora ainda não Tenha sido descartado um problema técnico.

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