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Preso em Cuba o líder opositor Guillermo Fariñas

O dissidente, Prémio Sakharov do Parlamento Europeu, foi detido esta quarta-feira na sua casa na cidade de Santa Clara, centro do país

O opositor cubano Guillermo Fariñas, numa fotografia após receber o Prémio Sakharov.
O opositor cubano Guillermo Fariñas, numa fotografia após receber o Prémio Sakharov.PATRICK SEEGER (EFE)
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O opositor cubano Guillermo Fariñas, Prémio Sakharov do Parlamento Europeu, foi detido esta quarta-feira na cidade de Santa Clara, a 280 quilômetros de Havana. As causas não foram esclarecidas, segundo sua mãe, Alicia Hernández, disse à agência Efe. Fariñas, um dos principais líderes da dissidência cubana e cuja imagem depois de uma greve de fome de 135 dias percorreu o mundo em 2010, foi preso em sua casa. “Ele nunca saiu. Sua irmã e eu cuidamos de levar comida para ele, o que ele precisasse “, garantiu Hernández. A partir da conta de Fariñas no Twitter, foi postada uma mensagem alertando sobre sua prisão, a partir das 9h (horário local), pelas autoridades.

Fariñas, de 59 anos, lidera a Frente Antitotalitária Unida (Fantu), banida pelo regime cubano, e recebeu em 2010 o Prêmio Sakharov do Parlamento Europeu pela luta em favor dos direitos humanos. O jornalista e psicólogo cubano foi o terceiro adversário do regime castrista a ser homenageado com o prêmio, depois das homenagens concedidas a Oswaldo Payá (2002) e Las Damas de Blanco (2005). Ele também é conhecido pelas inúmeras greves de fome que realizou em protesto contra o sistema cubano. A última delas, a de número 25, aconteceu em 2016 e levou 54 dias, para pedir ao Governo da ilha o fim da repressão contra os dissidentes.

No início de fevereiro de 2020, Fariñas foi preso arbitrariamente em Cuba. Quatro dias após sua prisão, ele foi libertado “sem acusação”, mas foi impedido de viajar para a Europa. “Eles [a polícia política] argumentam que estou aproveitando as viagens para deteriorar as relações entre Cuba e a União Europeia”, disse Fariñas na época.

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