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Indicado por Biden para a Defesa, general Lloyd Austin será o primeiro homem negro a chefiar o Pentágono

Militar de 67 anos comandou as tropas norte-americanas e aliadas no Iraque. Presidente eleito escolhe descendente de mexicanos para a Saúde

Lloyd Austin no Senado, em uma imagem de 2016.
Lloyd Austin no Senado, em uma imagem de 2016.BRENDAN SMIALOWSKI (AFP)
Pablo Guimón

O presidente eleito dos EUA, Joe Biden, escolheu o general Lloyd J. Austin para comandar o Pentágono, segundo fontes anônimas citadas por diversos veículos de comunicação norte-americanos e pela agência Associated Press. Se confirmado pelo Senado, Austin será o primeiro homem negro a ocupar o cargo de secretário de Defesa dos Estados Unidos.

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Nascido há 67 anos no Alabama, Austin deve se tornar o terceiro militar de carreira a dirigir o Departamento de Defesa. Muitos dos que estiveram à frente do Pentágono serviram ao Exército, mas só dois até hoje (George Marshall, em 1950 e 1951, e James Mattis, sob a presidência de Trump) eram militares de carreira. Quando o Congresso criou a figura do secretário de Defesa, em 1947, a ideia era que fosse um cargo civil no controle do Exército.

Austin passou à reserva em 2016. Mas mesmo assim precisará receber uma autorização especial do Congresso, a mesma concedida a Mattis em 2017, pois a lei exige que o candidato tenha deixado a farda sete anos antes de se tornar secretário de Defesa.

Austin passou 41 anos no Exército e é general de quatro-estrelas. Foi chefe do Estado Maior do Comando Central dos Estados Unidos, entre 2005 e 2006, e dirigiu as forças norte-americanas e da coalizão na guerra do Iraque, de fevereiro de 2008 até abril de 2009. Foi nesses anos, com Biden como vice-presidente, que Austin e o hoje presidente eleito estabeleceram uma relação.

Hispânico na Saúde

Em um gesto pela diversidade, Biden escolheu Xavier Becerra, procurador-geral da Califórnia, para secretário de Saúde, informou o jornal The New York Times no domingo. Sua designação, que também requer a aprovação do Senado, é mais um aceno para os parlamentares latinos, que reclamaram nos últimos dias da sub-representação de hispânicos no Gabinete que o próximo presidente democrata está concluindo nestes dias.

Filho de imigrantes mexicanos, Becerra (Sacramento, 1958) foi membro da Câmara dos Representantes (Deputados) entre 1993 e 2017, ano em que substituiu a senadora e futura vice-presidente Kamala Harris na procuradoria da Califórnia. No cargo, travou várias batalhas em questões de saúde, incluindo a defesa da reforma da saúde do então presidente Barack Obama.

À frente do Departamento de Saúde, se confirmado, Becerra enfrentará uma crise de saúde que hoje atravessa seu pior momento nos Estados Unidos, com mais de 283.000 mortes e registros de infecções e internações em todo o país.

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