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Congresso do Peru elege como presidente interino o veterano político Francisco Sagasti

Parlamento desbloqueia a grave crise política iniciada com a destituição de Martín Vizcarra e a renúncia de Manuel Merino

El nuevo presidente de Perú, Francisco Sagasti, en una sesión del Congreso de Perú el pasado 3 de agosto. En vídeo, las declaraciones de Sagasti el 16 de noviembre, tras ser elegido presidente del Congreso. Vídeo: CESAR COX BEUZEVILLE / EFE
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El presidente de Perú, Manuel Merino, posa junto a José Arista, ministro de Economía, tras el juramento del Gabinete, este 12 de noviembre.
Organizações internacionais se distanciam do Governo interino do Peru
Demonstrators confront riot police during a protest against the new government of interim President Manuel Merino, following the impeachment and removal of former Peruvian President Martin Vizcarra, at the San Martin square in Lima on November 12, 2020. - Speaker of Congress Manuel Merino assumed office on November 10 as Peru's third president in four years, amid street protests and market jitters after the impeachment of Martin Vizcarra over corruption allegations. (Photo by ERNESTO BENAVIDES / AFP)
Milhares de peruanos protestam contra o Governo interino de Manuel Merino
A demonstrator is injured on the ground as he is help by other demontrators during a clash with police during a protest against the decision of Congress to remove former President Martin Vizcarra, in Lima, Peru November 14, 2020. REUTERS/Sebastian Castaneda
Repressão policial contra protestos deixa ao menos dois mortos e dezenas de feridos no Peru

O Congresso do Peru elegeu nesta segunda-feira o veterano deputado Francisco Sagasti, 76 anos, como governante interino do país, desbloqueando assim a grave crise política que começou há uma semana com a destituição do presidente Martín Vizcarra. Após a renúncia de Manuel Merino, que ocupou o cargo de chefe do Governo provisório durante cinco dias, o Congresso conseguiu destravar a votação de seu substituto, cuja principal missão será conduzir o país às eleições de abril. Os peruanos aguardavam há uma semana em suspense uma saída do impasse institucional em meio a manifestações maciças nas ruas.

O deputado Francisco Sagasti, do Partido Púrpura, venceu a eleição da Diretoria do Parlamento nesta segunda-feira e, por sucessão constitucional, assumirá automaticamente a Presidência da República. Sagasti foi eleito por ampla maioria no Parlamento. O presidente obteve 97 votos a favor e 26 contra, sem abstenções.

Desde o meio-dia de domingo, os poderes Executivo e Legislativo do Peru não tinham ninguém no comando. O Parlamento não conseguiu chegar a um consenso na noite de domingo para eleger um novo presidente, que assumirá como interino em substituição a Merino, que se viu forçado a renunciar após seis dias de protestos multitudinários contra ele. Uma primeira lista que teria levado à presidência uma deputada de esquerda, a escritora Rocío Silva Santisteban, não alcançou os votos necessários, apesar de os porta-vozes dos partidos que integraram a lista lhe terem manifestado apoio inicialmente.

Enquanto os parlamentares votavam, milhares de jovens manifestantes aguardavam o resultado diante nos portões do Congresso: alguns enrolados na bandeira peruana, outros com cartazes em memória de Inti Sotelo e Bryan Pintado, mortos na noite de sábado, vítimas da repressão policial durante os protestos que pediam a renúncia de Merino.

Nesta segunda-feira houve inicialmente a disputa entre duas listas que, em essência, encarnavam as posições dos promotores da destituição de Vizcarra e a dos grupos que rejeitaram a moção de censura. Estes últimos, encabeçados pelo veterano deputado Francisco Sagasti, despontavam como favorito, segundo os cálculos das negociações prévias. E, por fim, a lista de seus rivais, cuja vitória teria ameaçado multiplicar a onda de protestos, caiu por uma votação formal.

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