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Morre Robert Trump, irmão mais novo do presidente dos Estados Unidos

"Ele não era apenas meu irmão, era meu melhor amigo", disse Donald Trump após anunciar o falecimento, cuja causa não foi divulgada

Pablo Guimón
Robert Trump, à esquerda, com seu irmão em um evento de gala em 1993.
Robert Trump, à esquerda, com seu irmão em um evento de gala em 1993.Diane Bondaress (AP)

Robert Trump, irmão mais novo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cuja carreira política apoiou sem ressalvas, morreu sábado aos 71 anos em Nova York, informou a Casa Branca, sem especificar a causa. Fiel porta-voz da família, estava internado no Hospital Presbiteriano de Manhattan desde o fim do mês passado, segundo o The New York Times.

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Em um breve comunicado, o presidente Trump lamentou a morte: “Com pesar no coração, compartilho que meu maravilhoso irmão Robert faleceu pacificamente esta noite. Ele não era apenas meu irmão, era meu melhor amigo. Sentiremos muito sua falta, mas nos encontraremos novamente. Sua memória viverá em meu coração para sempre. Robert, eu te amo. Descanse em paz”.

O mais novo dos cinco filhos do empresário imobiliário Fred Trump manteve uma vida afastada dos holofotes desde a noite de 8 de novembro de 2016, quando foi fotografado dando um abraço em seu irmão, que acabava de ganhar as eleições para presidente dos EUA. Durante a campanha, Robert disse que apoiava “mil por cento” a candidatura de seu irmão mais velho. Recentemente, o nome de Robert Trump voltou às manchetes por sua infrutífera tentativa de impedir na Justiça a publicação do livro de sua sobrinha Mary L. Trump, que descreve o ambiente tóxico de uma família que, segundo o subtítulo do já best-seller, “criou o homem mais perigoso do mundo”.

A figura do patriarca Fred marcou os Trump, a ponto de sua neta afirmar que ele empurrou o primogênito, pai de Mary, a um alcoolismo que o levou à morte. Como irmão mais novo, Robert sofreu menos a pressão de seu pai e nunca foi visto como potencial herdeiro do negócio familiar. Aqueles que o conheceram o descrevem como oposto à ostentação e à arrogância de quem acabaria tomando as rédeas da empresa e hoje reside na Casa Branca.

Leal e discreto, Robert sempre manteve um perfil mais discreto que o de seu irmão Donald, que, depois que o patriarca afastou o primogênito por não considerá-lo apto, assumiu os negócios da família. O The New York Times afirma que os dois irmãos ficaram distanciados durante anos, antes da campanha presidencial de Donald Trump.

“Donald descobriu cedo como era fácil irritar Robert e empurrá-lo para além de seus limites, era um jogo que nunca se cansava de jogar”, escreve Mary L. Trump sobre seus tios em seu livro.

Donald Trump tinha ido visitar seu irmão no hospital na sexta-feira. Fontes próximas da família, citadas pelo Times, dizem que Robert Trump, que tomava anticoagulantes, tinha sofrido derrames cerebrais que começaram como resultado de uma queda recente. Nas últimas semanas, não conseguiu falar ao telefone.

Depois de se formar na Universidade de Boston em 1970, Robert foi trabalhar em Wall Street antes de acabar, finalmente, como alto executivo na Organização Trump, sob as ordens de seu irmão. Entre suas funções estava a supervisão dos cassinos da organização em Atlantic City.

“Tio Robert, amamos você. Você está em nossos corações e nossas orações, sempre”, escreveu no Twitter a filha e conselheira do presidente, Ivanka Trump.

Robert Trump não teve filhos, mas adotou o filho de sua primeira esposa, da qual se divorciou em 2008. Deixa, além de seu irmão Donald e suas irmãs Maryanne e Elizabeth, sua segunda esposa, com quem se casou este ano.

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