Justiça paraguaia decide manter Ronaldinho Gaúcho e seu irmão presos

O ex-jogador foi detido na noite de sexta-feira e passou a noite na cadeia após as autoridades locais identificarem que ele entrou no país com um passaporte falso. Promotor alegou risco de fuga

Ronaldinho aparece algemado ao lado do irmão ao chegar no Palácio da Justiça de Assunção, neste sábado.NORBERTO DUARTE (AFP)
São Paulo -
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O ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Roberto de Assis seguirão presos preventivamente no Paraguai, decidiu a juíza de plantão Clara Ruiz Diaz, responsável pelo caso. Os dois foram detidos e enviados para uma sede da polícia em Assunção na noite desta sexta-feira, por ordem do Procurador-Geral do Paraguai. “A Promotoria Geral emitiu um mandado de prisão, acusou o jogador Ronaldinho pelo uso de um documento público com conteúdo falso e solicitou medidas cautelares para detenção preventiva”, informou por meio do Twitter o Ministério Público. Na manhã, deste sábado, ao ser encaminhado para o Palácio da Justiça de Assunção para prestar mais um depoimento, o ex-jogador e seu irmão foram vistos algemados ―Ronaldinho escondeu suas algemas atrás de um pano.

Os irmãos Assis Moreira se retiraram às 20h15 de sexta-feira do Palácio da Justiça após o juiz do caso anunciar que ambos estavam “em pleno gozo de seu direito à liberdade”. No entanto, pouco menos de duas horas depois, eles entraram em uma van fechada na sede da Associação Especializada de Polícia. A Justiça local, que já havia detido ambos por 17 horas, decidiu que os dois deverão seguir presos, atendendo pedido do promotor Osmar Legal, que enxerga risco de fuga e alega que o Brasil não extradita seus cidadãos.

O advogado dos detidos, Adolfo Marín, disse que não entendeu o motivo da prisão. “Não sabemos sob que figura legal eles foram presos”, disse Marín a repórteres. Ronaldinho e seu irmão Assis usaram documentos de identidade paraguaios falsos ao chegar ao Aeroporto Internacional de Assunção na quarta-feira.

O ex-Barcelona e PSG, o Bola de Ouro de 2005 pretendia levar a cabo uma agenda humanitária com crianças no Paraguai, além de inaugurar um cassino e lançar um livro de memórias, mas a polícia denunciou sua entrada com passaporte adulterado. O empresário brasileiro Wilmondes Sousa Lima e as paraguaias María Isabel Gayoso e Esperanza Apolonia Caballero, todos presos, foram acusados ​​pelo caso.

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