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Menino é achado morto no trem de pouso de um voo da Costa do Marfim para Paris

O menor, de aproximadamente 10 anos, havia se infiltrado no avião da Air France em Abidjã

Um avião da companhia francesa Air France.
Um avião da companhia francesa Air France.Getty Images
Marc Bassets

O céu, como o mar, também pode ser uma fronteira letal. O cadáver de um menino foi achado nesta manhã no trem de pouso de um avião da Air France que acabava de aterrissar no aeroporto Charles do Gaulle, em Paris, procedente de Abidjã, capital econômica da Costa do Marfim. O menor tinha “aproximadamente 10 anos”, segundo uma fonte próxima à investigação citada pela agência France Presse. Escondeu-se no poço, o espaço onde se acoplam as rodas da aeronave após a decolagem.

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Não se conhece a identidade do falecido ou os motivos exatos que o levaram a se infiltrar no avião. Em uma mensagem na rede social Twitter, a Air France confirmou o achado do “corpo sem vida de um passageiro clandestino […] no poço de aterrissagem do aparelho que efetuava o voo AF703 que unia Abidjã ao Paris-Charles De Gaulle em 7 de janeiro de 2020”. E acrescentou: “A companhia expressa sua compaixão e deplora este drama humano. Uma investigação está em curso”.

Independentemente do drama humano, a morte do menor “indica uma falha maior na segurança do aeroporto de Abidjã”, declara uma fonte da Costa do Marfim à France Presse. A mesma fonte se pergunta se o menino contou com cúmplices para ter acesso ao avião. Não seria a primeira vez que isso ocorre. A 50 graus abaixo de zero e com escasso oxigênio, os riscos são enormes, embora existam casos em que os infiltrados sobreviveram.

“Quando o avião decolou, vi o trem de aterrissagem se fechando sobre mim. As rodas se colocaram junto às minhas pernas”, contou ao jornal Le Parisien, em 2000, o sobrevivente Fidèle Maruhi, então com 24 anos, encontrado inconsciente no aeroporto de Los Angeles num voo procedente do Taiti. “Tudo ficou escuro. Não estava longe da turbina, que fazia um estrondo infernal [...]. Comecei a sentir frio e desmaiei”.

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