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UEFA rejeita iluminação nas cores do arco-íris no jogo entre Alemanha e Hungria por “motivação política”

A entidade considera que se trata de um protesto político e propõe outras datas que coincidam com a celebração do orgulho gay em Munique

Iluminacion Allianz Arena
O Allianz Arena, iluminado com a bandeira LGBTI.efe
Luis Villaescusa

A UEFA decidiu, por fim, que a Allianz Arena em Munique não poderá ser iluminada com as cores da bandeira LGTBI durante o jogo entre Alemanha e Hungria, na última etapa da fase de grupos da Eurocopa, que será disputada nesta quarta-feira. A entidade descartou o pedido do prefeito da cidade, o social-democrata Dieter Reiter, e proibiu a iniciativa “por ser motivada por uma decisão política”. O Governo húngaro, de Viktor Orbán, aprovou uma norma que proíbe, entre outras coisas, falar sobre homossexualidade nas escolas. Essa legislação foi qualificada de “homofóbica” pela oposição progressista, por ONGs internacionais e pelo Governo alemão, entre outros.

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Mas a UEFA (União das Federações Europeias de Futebol) lembra que “é uma organização política e religiosamente neutra” e, portanto, “dado o contexto político do pedido (uma mensagem dirigida a uma decisão do Parlamento nacional húngaro), deve rejeitá-la”.

Em seu comunicado, a entidade argumenta que há muitos anos luta pela causa LGBTI e que o problema é que a iluminação corresponde a um protesto contra uma decisão política, e não a um gesto de apoio a essa comunidade. “A UEFA entende que a intenção é também enviar uma mensagem para promover a diversidade e inclusão”, afirma em seu comunicado. E, consequentemente, a UEFA propôs datas alternativas para a iluminação que melhor se alinhem com os eventos existentes “, explica. A UEFA sugeriu iluminar a Allianz Arena com as cores do arco-íris no dia 28 de junho, dia em que a Revolta de Stonewall é comemorada, ou entre 3 e 9 de julho, que é a semana do orgulho gay em Munique.

A UEFA encerrou também um processo aberto contra o capitão da equipe alemã, Manuel Neuer, por usar a braçadeira com a bandeira do coletivo LGBTI. Na ocasião, a entidade considerou que a braçadeira se relacionava com uma “boa causa” e não aplicou nenhuma sanção ao goleiro. O Governo húngaro tachou, na segunda-feira, de “nocivos e perigosos” os planos da Prefeitura da capital da Baviera.

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Tendo em vista a proibição da UEFA de iluminar a Allianz Arena com as cores do arco-íris nesta quarta-feira, outros estádios alemães, em Frankfurt e Colônia, vão adotar essa iniciativa, segundo informaram representantes do FC Cologne e do Eintracht.

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