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Desemprego no Brasil cai a 11,2% impulsionado por pessoas que desistiram de procurar emprego

Fila de desocupados atinge 11,9 milhões de pessoas, segundo o IBGE. Número de trabalhadores com carteira avança no início deste ano

Vagas de emprego anunciadas no centro de São Paulo.
Vagas de emprego anunciadas no centro de São Paulo.Marcos Santos (Jornal da USP)

A fila do desemprego no Brasil diminuiu no início deste ano. A taxa de desocupação no país ficou em 11,2% no trimestre encerrado em janeiro, atingindo 11,9 milhões pessoas, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve uma queda de 0,8 ponto percentual. Já na comparação ao trimestre encerrado em outubro, o recuo foi de 0,4 ponto percentual.

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AME2015. SAO PAULO (BRASIL), 13/02/2020.- Vista de billetes de dólares este jueves en la ciudad de Sao Paulo (Brasil). El ministro de Economía de Brasil, Paulo Guedes, defendió este miércoles la tasa de cambio afirmando que es "bueno para todo el mundo", en un día en que la divisa estadounidense alcanzó su cuarto récord consecutivo frente al real brasileño. La bolsa de Sao Paulo avanzó este miércoles un 1,13 % y su índice Ibovespa, referencia del parqué, cerró en los 116.674 puntos, mientras que el dólar estadounidense marcó un nuevo máximo histórico frente al real brasileño, el cuarto consecutivo. EFE/ Sebastiao Moreira
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A melhora gradual no mercado de trabalho foi impulsionada, no entanto, pela diminuição do número de pessoas procurando trabalho e também pelas contratações temporárias nos últimos meses do ano passado. O grupo de pessoas consideradas fora da força de trabalho, que já não têm interesse em buscar emprego e nem estão trabalhando, avançou 1,3%, atingindo um novo recorde de 65,7 milhões de pessoas.

“Essa interrupção na procura de trabalho foi decisiva. A inatividade cresceu mais que a própria força de trabalho e ocupação. Isso explica o movimento da taxa [de desemprego]”, disse a gerente da pesquisa, Adriana Beringuy, que ressaltou que o movimento dos que desistem de procurar um posto de trabalho é comum em janeiro, já que é um mês de férias escolares.

Informalidade cai e cresce emprego com carteira assinada

Os dados divulgados pelo IBGE mostram dados mais alentadores para o mercado formal de trabalho. O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) cresceu 1,5% em relação ao trimestre terminado em outubro e chegou a 33,7 milhões. Com mais carteiras assinadas e menos gente procurando emprego, a taxa de informalidade recuou no país e atingiu 40,7% da população ocupada, representando um contingente de 38,3 milhões de trabalhadores informais.

O número de trabalhadores por conta própria chegou a 24,6 milhões de pessoas e ficou estável em relação ao trimestre anterior. Já em relação ao mesmo período do ano anterior, houve alta de 3,1% (mais 745 mil pessoas). Já a população subutilizada, que trabalha menos do que gostaria, caiu 2,7% ante o trimestre encerrado em outubro, e 3,4% na comparação anual.

O rendimento médio do brasileiro ficou, no entanto, praticamente estagnado. A renda média real do trabalhador foi de 2.361 reais no trimestre encerrado em janeiro contra os 2.317 reais do trimestre encerrado em outubro, segundo o IBGE.


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