Cher e Val Kilmer, um intenso romance fracassado por culpa de dois “machos alfa”
Cantora fala em uma entrevista a ‘People’ sobre sua relação com o ator, a quem descreve como um “espírito livre”, e uma amizade entre ambos que perdura após quase 40 anos
Ele tinha 22 anos. Ela, 35. Ele ainda não havia despontado como ator. Ela estava em sua melhor década como atriz, a de oitenta, ainda que anos depois se coroaria como uma das deusas pop. Em 1982, Val Kilmer e Cher foram um dos casais mais perseguidos da época e apesar de sua relação próxima continuar até hoje, aquele ruidoso romance durou só dois anos. A razão da ruptura foi revelada agora pela própria cantora à revista People, em que afirma que a relação naufragou porque os dois eram “machos alfa”. “Passamos momentos incríveis e depois suportamos alguns momentos que não eram”, diz, ao mesmo tempo em que acrescenta que os dois eram “indivíduos” independentes e que nenhum estava disposto a renunciar a isso.
40 anos depois do fim de sua relação, a cantora diz que não sabe como fizeram para ser amigos, simplesmente aconteceu. “Ele não é como ninguém que conheci”, afirma. “É exasperante e histérico. Emocionante e divertido. E não faz o que os outros fazem”, acrescenta na conversa, em que também revela alguns de seus segredos como casal como, por exemplo, que chamavam um ao outro de Sid e Ethel. “Val não queria gritar ‘Cher’, e eu não queria gritar ‘Val’. Também nos chamávamos de Valus Maximus e Cherus Reprimandu”.
Na conversa, a própria Cher detalha o início de uma relação que começou como uma amizade, após ambos se conhecerem em uma das festas de aniversário da artista e rirem “constantemente” das mesmas coisas. Mas no começo a diferença de idade despertou nela algumas dúvidas, apesar de, por fim, ver como uma vantagem. “Ele me levou a uma apresentação japonesa de Macbeth e pensava ‘esse cara está louco, não vamos dar certo de jeito nenhum’. Ele era tão jovem. Tinha 22 anos. Quantos eu tinha? Não sei... Trinta e tantos (...) A verdade é que se eu não tivesse saído com homens mais jovens, nunca teria um encontro. Os homens mais jovens não se sentiam intimidados pelas mulheres mais velhas”, reflete.
Em seu relato sobre os anos que passaram juntos, a artista não economiza elogios ao ator —com fama de intratável e complicado—, de quem diz que foi muito “bom” com seus dois filhos, Chaz e Elijah, fruto de seus casamentos com Sonny Bono e Gregg Allman, além de enumerar suas incontáveis virtudes. Lembra, por exemplo, que passou com ele uma das melhores vésperas de Ano Novo de sua vida e o descreve como um “espírito livre” por quem se apaixonou “loucamente”.
Durante uma turnê de seu espetáculo Citizen Twain, em 2014, Val Kilmer descobriu que tinha um volume na garganta. Anos depois confirmou que se tratava de um câncer, agora já superado, mas que quase custou sua vida e cujas sequelas o impedem de falar e ingerir alimentos sólidos. Nessa época difícil de sua vida foi justamente Cher um de seus maiores apoios, chegando a recebê-lo em sua casa durante grande parte de sua convalescência.
O drama vivido por Kilmer por sua doença foi evidenciado em Val, um documentário sobre a vida e carreira do ator, agora com 61 anos, em que o intérprete mostra suas dificuldades cotidianas. Um retrato que não deixou sua ex-namorada e amiga indiferente. “Eu o amava e o amo. Acabo de escrevê-lo, disse: ‘Valus Maximus, desculpe se fiz algo para te aborrecer e ferir teus sentimentos. Te amo e seu documentário foi incrível... Adorei até o que me irritou, as coisas que me deixaram histérica, que me espantaram, que me machucaram. Você é corajoso e mais do que brilhante. Ethel”.
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