O que diz a crítica do EL PAÍS sobre os nove indicados ao Oscar 2020 de melhor filme

Indicado em 11 categorias, ‘Coringa’ chega como favorito a levar a estatueta mais disputada, mas tem como adversários ‘O Irlandês’ e ‘Era uma vez em... Hollywood’, com dez indicações cada

Cartazes originais dos nove indicados ao Oscar 2020 Melhor Filme.
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O Oscar 2020 se aproxima sem um favorito óbvio para levar a estatueta mais cobiçada de Hollywood. Colecionar o maior número de indicações já não é a garantia de sair premiado do palco do Dolby Theatre na noite deste domingo, 9 de fevereiro, embora as 11 nomeações de o Coringa —e a coleção de prêmios que Joaquin Phoenix vem ganhando por aí— coloquem o thriller de Todd Phillips na dianteira da disputa. Mas o Joker tem pela frente adversários fortes: Era uma vez em... Hollywood, de Quentin Tarantino, e O Irlandês, de Martin Scorsese, tem dez indicações cada e a direção de cineastas queridos pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Por outro lado, se concretizada a profecia do Globo de Ouro, o drama de guerra 1917 (Sam Mendes) chega fortalecido por ter levado o prêmio principal na cerimônia que antecede os Oscars.

Nas últimas duas edições, A forma da água e Roma chegaram à premiação com mais indicações que seus rivais e apontadas por todos os prognósticos como favoritas. A primeira ganhou, mas a segunda saiu derrotada pelo azarão Green Book. Para a 92ª do Oscar, poucos se atrevem a apostar com a certeza de que acertarão no prognóstico. Ganhará o filme com maior número de indicações, o pouco conhecido Ford v Ferrari, o sul-coreano Parasita —indicado tanto a Melhor Filme como a Melhor Filme Estrangeiro, que poderia quebrar pela primeira vez a barreira do idioma nos Oscars—, ou o cultuado História de um casamento?

Não vamos nos arriscar a fazer um palpite certeiro. Mas, a seguir, listamos a opinião dos nossos jornalistas e críticos de cinema sobre os nove indicados ao Oscar 2020 de Melhor Filme para, quem sabe, poder ajudá-los a arriscarem uma aposta num bolão. A cerimônia de entrega das estatuetas começa às 22h (horário de Brasília) e terá a cobertura em tempo real do EL PAÍS.

Os nove indicados ao Oscar 2020 de Melhor Filme

‘1917’: O virtuosismo filmando a angústia e o medo

Sam Mendes, para transmitir esta história de medo, de lama e sujeira, inventou uma impressionante linguagem com sua câmera. Por Carlos Boyero

‘Adoráveis Mulheres’, apesar dos tiques de modernidade, é mais fiel ao original do que parece

O livro funciona como um catálogo de quatro diferentes modelos de feminilidade com os quais suas leitoras podem se identificar. Adaptação parece pensada para contentar vários tipos de espectadores ao mesmo tempo, do mais acrítico ao mais político. Por Álex Vicente

‘História de um casamento’ ou a síndrome das mães ‘Virgem Maria’

O monólogo de Laura Dern no filme de Noah Baumbach expõe o mito e o fosso simbólico que pesa sobre as mães quando são avaliadas aos olhos dos outros e, ao mesmo tempo, a aceitação da figura do ‘pai ausente’. Por Noelia Ramírez

‘O Irlandês’ não é só mais um filme de Scorsese

O Irlandês é um filme de gângsteres crepuscular no estilo, no gênero do western, de 'O Homem que Matou o Facínora'. Por Gregorio Belinchón

O Coringa de Joaquin Phoenix não é nenhuma piada

Ator convence no primeiro filme dedicado ao arqui-inimigo do Batman. Uma obra peculiar, que não tem nada a ver com seus odiados super-heróis. Por Tommaso Koch

‘Jojo Rabbit’: Meu amigo Adolf Hitler

Acaba sendo um filme estupendo para toda a família, com tudo o que ele envolve: suas virtudes populares e seus inevitáveis defeitos melosos e sem importância. Javier Ocaña

‘Era uma Vez em... Hollywood’, o autêntico trabalho de amor cinéfilo

O último filme de Tarantino é uma obra maior, inesgotável, esplendorosa. Por Jordi Costa

‘Ford vs. Ferrari’: Uma batalha empresarial candidata ao Oscar

Azarão na disputa por Melhor Filme neste ano, a obra mergulha no esporte como um evento social e político, naquele ponto em que as ações têm tanto a ver com o pessoal como com a peculiaridade de um modelo de país. Por Javier Ocaña

‘Parasita’, um canto de amor ao cinema

Bong Joon-Hu dirige um filme que é comédia, tragédia grotesca, noir e história de terror. Não perca este filme, alheio a uma sutileza de prestígio, direto e quase lindamente literal. Por Marta Sanz





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