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Chuva de meteoros Perseidas atinge auge nesta semana e pode ser vista no Brasil

Fenômeno astronômico mais importante do período entre julho e agosto também é conhecido como Lágrimas de São Lourenço e provoca um espetáculo no céu visível em boa parte do mundo

Lagrimas San Lorenzo 2021
Pessoas observam as Perseidas em um vagão de trem abandonado em Ezuz, na fronteira entre o Egito e Israel, em 12 de agosto de 2020.AMIR COHEN (Reuters)
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Anualmente, entre julho e agosto, a Terra atravessa uma densa trilha de poeira e rochas deixada pelo cometa Swift-Tuttle. Esta movimentação produz uma chuva de estrelas cadentes conhecida como Perseidas ou Lágrimas de São Lourenço, que promove um verdadeiro espetáculo astronômico visível em boa parte do planeta, inclusive no Brasil. Em 2021, esse fenômeno começou a ser observado em 17 de julho e ficará visível até 24 de agosto. No entanto, o auge deste espetáculo no céu ocorre nas noites de 11 a 14 de agosto, ou seja, entre esta quarta-feira e o sábado. Os especialistas acreditam que a atividade dessas estrelas chegará a 100 meteoros por hora (em 2020 eles ficaram em 78 e em 2019 chegaram a 99) e mesmo os menores serão visíveis, devido à baixa luminosidade da Lua nessas datas.

No Brasil, as Perseidas pode ser vista na maior parte do território nacional, com exceção das cidades do Rio Grande do Sul. A NASA, entretanto, informou que fará a transmissão da chuva de meteoros em seu site e redes sociais.

O festival de estrelas cadentes foi datado pela primeira vez no ano 36, embora somente em 1835 tenha recebido o nome de Perseidas. Naquele ano, um astrônomo belga identificou um ponto no céu onde a luzes pareciam ter nascido, no ponto onde fica a constelação de Perseu. Na Europa medieval as Perseidas passaram a ser conhecidas como Lágrimas de São Lourenço, um mártir que morreu queimado em uma fogueira. A festa em sua homenagem acontece em 10 de agosto.

A chuva de meteoros é, na verdade, formada por pequenos fragmentos de poeira e rochas deixados pelo Swift-Tuttle, que “descongelam” com o calor solar. Esse cometa, de 26 quilômetros de diâmetro e descoberto em 1862, completa uma órbita em torno de nossa estrela a cada 133 anos. Quando seus restos, alguns menores que um grão de areia, entram na atmosfera, tornam-se incandescentes e se transformam em um feixe de luz, que da Terra parece uma estrela cadente.

“O fato de haver alguns dias do ano em que temos mais atividade de estrelas cadentes ou meteoros se deve principalmente à passagem pela órbita do cometa ou asteroide que aumenta a densidade dos meteoros no espaço”, explica Miquel Serra, administrador da o Observatório Teide, embora alerte que outros fatores como a poluição luminosa do local ou o ciclo lunar também podem influenciar.

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Para os astrônomos é importante saber a quantidade de chuva que vai cair, pois com ela podem calcular a densidade daquela nuvem de destroços em órbita. “Saber exatamente o tamanho e a densidade desses meteoros é importante para proteger nossa frota de satélites”, diz o pesquisador. Essa infraestrutura seria a primeira a receber o impacto dessa nuvem, por isso é fundamental se antecipar caso ela seja muito densa ou haja grandes fragmentos.

Para observar as estrelas é preciso se afastar o máximo possível das luzes das grandes cidades, que ofuscam o brilho do céu, e olhar na direção nordeste, acima do Equador.

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