Às vésperas da reabertura de bares e restaurantes, São Paulo tem registro recorde de casos da covid-19

Capital paulista bateu nesta quarta-feira o recorde de novos infectados em 24 horas, com 8.923 novos casos, e chegou a um total de 160.337

Pessoas usam máscara em São Paulo em imagem de 19 de junho.Sebastiao Moreira (EFE)

Em meio à retomada da economia e às vésperas de avançar para a terceira etapa do plano de reabertura gradual, que inclui a volta de bares e restaurantes, o município de São Paulo bateu novo recorde de casos confirmados do novo coronavírus. Em 24 horas, entre 30 de junho e 1 de julho, 8.923 novas confirmações da doença foram computadas pela prefeitura, totalizando 160.337 doentes. Até então, levantamento realizado pelo EL PAÍS apontava que o recorde havia sido registrado em 16 de junho, com 5.031 novos casos. Atualmente, o número de óbitos notificados em decorrência da covid-19 é de 7.327 no município.

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As informações são prestadas diariamente pelo município, mas os dados são divergentes do que consta no Ministério da Saúde e no levantamento do Governo do Estado de São Paulo. Segundo os órgãos estadual e federal, o município de São Paulo tem hoje 129.328 casos, 31.009 a menos que os dados do município, e 7.258 óbitos confirmados, 69 a menos que os computados pela prefeitura neste momento. Essa diferença foi questionada durante entrevista coletiva com membros do Governo do Estado na semana passada e segundo Patrícia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico do Governo de João Doria (PSDB), ela ocorre porque os dados, quando chegam dos municípios, passam por um “pente fino” para evitar “duplicidades”, por exemplo.

Desde o início de junho, a capital caminha para a reabertura da economia, algo que tem sido sistematicamente criticado por especialistas. Escritórios, comércio em geral, como shoppings, clubes e imobiliárias já têm permissão para abrir com horários e públicos restritos. A terceira etapa, a fase laranja, teve início nesta segunda-feira, mas bares, restaurantes e salões de beleza poderão reabrir a partir da próxima segunda. Segundo a gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB), o principal critério para que essa retomada seja permitida são as taxas de ocupação dos leitos de UTI para pacientes com coronavírus, que neste dia 1 de julho estava em 56%, e a variação semanal de novos casos e óbitos. Segundo boletim, nos últimos sete dias o registro de novos casos cresceu 21,5%, o de novas internações caiu 6% e o de óbitos também diminuiu 5,8%, em relação aos sete dias anteriores.

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