Casemiro e a sustentação do Brasil de Tite
Desde que chegou ao cargo em 2016, o técnico da seleção escolheu o jogador do Real Madrid como a base de seu sistema defensivo
Uma das grandes preocupações de Tite desde que se iniciou a Copa do Mundo é a capacidade de resistência de Casemiro aos exaustivos esforços físicos aos que sua musculatura e seu organismo são submetidos. Tanto o treinador brasileiro como a equipe médica da seleção estavam apreensivos com sua chegada tardia e a de Marcelo à concentração antes do início do Mundial, após jogar a final da Champions League em 26 de maio. Esperavam que algum deles pudesse sofrer as consequências dessas duas semanas a mais de competição que precisaram suportar com o Real Madrid.
A lesão nas costas de Marcelo não os surpreendeu. “Estamos muito preocupados pelos dois e agora o Marcelo se machucou”, disse o ex-jogador do Barcelona, Sylvinho, agora auxiliar de Tite, na zona mista do estádio do Spartak, em Moscou. Cada jogo que passa e Casemiro não entra no departamento médico é um alívio para Tite.
Desde que assumiu o Brasil em setembro de 2016, a obsessão do treinador brasileiro foi organizar primeiro uma seleção defensivamente sólida. Suas duas principais apostas pessoais nas etapas para criar o esqueleto defensivo foram o zagueiro Miranda e Casemiro. Desde o começo, o volante do Real, de 26 anos, foi o escolhido como peça tática do equilíbrio e solidez pretendidos pelo técnico do Brasil. Dos 24 jogos de Tite como treinador, Casemiro disputou 16 como titular, dos quais em 14 jogou os 90 minutos. Não foi utilizado em quatro partidas amistosas, mesmo sendo convocado. Não jogou, mas Tite quis tê-lo ao seu lado para reforçar sua importância nos treinamentos. Nos outros quatro jogos em que não participou na era Tite estava lesionado. “Conheço Tite há um bom tempo e ele organiza muito bem as equipes na defesa. Casemiro é fundamental nessa organização porque física e taticamente nos ajuda muito na defesa”, afirma Sylvinho.
O guardião de todos
No jogo contra a Sérvia, Filipe Luis precisou entrar no lugar do lesionado Marcelo. Era sua estreia em uma Copa, mas Casemiro o fez se sentir seguro e apoiado. “Toda vez que eu subia ao ataque, olhava e ele sempre estava me cobrindo. No Atlético de Madrid, eu sofro porque é meu rival, mas é um jogador incrível. Taticamente é perfeito”, diz o lateral colchonero.
As estatísticas da Copa dizem que Casemiro é o melhor volante ladrão de bolas dos que continuam no campeonato, ao lado do francês N’golo Kanté. Na fase de grupos, os dois acumularam 27 desarmes e disputam para ver quem é o melhor meia marcador dessa Copa do Mundo. “Casemiro tem uma consistência muito grande, mas não é importante só defensivamente, mas também no ataque, porque não costuma perder bolas e nos dá uma saída rápida. Quando Paulinho se solta como fez no gol, Casemiro sempre cobre sua posição para evitar os contra-ataques do rival pelo meio”, diz Miranda.
Milinkovic-Savic, o meio-campista sérvio da Lazio pretendido por meia Europa, sofreu com ele na última quarta-feira. Foi um suplício enfrentar Casemiro. “Nossa Senhora, que jogador. É muito forte e está em todo lugar!”, exclamou.
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