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Google abrirá primeiro centro de inteligência artificial na África

Acra, capital de Gana, reunirá pesquisadores que desenvolverão técnicas de aprendizagem para máquinas

Uma mão biônica.
Uma mão biônica.Tan Qingju (Southern Metropolis Daily/ Getty Images)
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O gigante tecnológico Google continua expandindo seu poder. A empresa norte-americana anunciou há cerca de uma semana que Acra (capital de Gana, com dois milhões de habitantes) será a 14ª sede do centro de inteligência artificial que o Google AI tem em diferentes cidades da América, Europa, Ásia e do continente africano.

Faz tempo que a capacidade de aprendizagem das máquinas deixou de ser uma história de ficção científica. O Google está na vanguarda do desenvolvimento de técnicas que permitem que os computadores aprendam em seus centros de inteligência artificial espalhados pelo mundo. Há menos de um ano, o Google DeepMind -- uma divisão da gigante de tecnologia -- criou um programa inspirado no jogo de origem chinesa Go, o AlphaGo, capaz de aprender do zero e sem ajuda; uma máquina que ensina a si mesma, até se tornar invencível.

A empresa também anunciou em janeiro que abrirá um centro na França, e há cerca de um ano inaugurou outro em Pequim, capital da China. Agora, a empresa aposta na África: o centro será inaugurado ao longo deste ano.

O Google AI reunirá "os melhores pesquisadores e engenheiros em aprendizagem automática" neste novo centro, de acordo com a empresa. Para isso, colaborará com universidades e centros de pesquisa locais para desenvolver projetos em áreas como saúde, agricultura e educação.

Dez anos depois de ter aberto escritórios no continente africano, o Google percebeu o mercado potencial na região. Há um ano, divulgou uma estimativa apontando que, em 2034, a África teria a população economicamente ativa mais importante do mundo, com um bilhão de pessoas, de modo que viu um campo aberto para a tecnologia. Até agora, dois milhões de pessoas puderam utilizar seu programa de treinamento em tecnologias numéricas, trabalhar com 100.000 desenvolvedores e mais de 60 start-ups de tecnologia. A partir de agora, 10 milhões de africanos poderão se beneficiar do programa, segundo a empresa.

O Google também constatou que pesquisas sobre aprendizagem automática despertavam cada vez mais interesse. Eventos como o “Data Science Africa 2017”, na Tanzânia, e o “2017 Deep Learning Indaba”, na África do Sul, bem como outros encontros ao longo deste ano em diferentes países do continente, mostraram que a comunidade de pesquisadores de tecnologia da informação da região está em plena expansão.

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