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Trump e Kim Jong-un se reunirão em Cingapura no dia 12 de junho

Encontro será o de mais alto escalão já realizado entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte

Amanda Mars
Donald Trump e Kim Jong-un em imagens de arquivo
Donald Trump e Kim Jong-un em imagens de arquivoManuel Balce Ceneta (AP)
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Donald Trump anunciou em sua conta do Twitter a data e lugar da histórica reunião com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un: será em 12 de junho, em Cingapura. A cúpula, que busca obter a desnuclearização do regime de Pyongyang, será o encontro de mais alto escalão já realizado entre os dois países. “Trataremos de fazer dele um momento muito especial para a Paz Mundial!”, escreveu o presidente dos Estados Unidos.

A escolha do local, que já pairava no ar há alguns dias, tem a ver com sua localização – acessível para o regime norte-coreano, limitado pelo estado precário de sua frota aérea – e também com a imagem de maior neutralidade que transmite com relação a outras opções. A imprensa sul-coreana vinha apontando também Ulan Bator (capital da Mongólia) ou Panmunjom (na fronteira das duas Coreias), mas nos últimos dias o nome de Cingapura, uma cidade-Estado no Sudeste Asiático, ganhou força. Ali já ocorreu em 2015 a reunião entre o presidente chinês, Xi Jinping, e o então presidente taiwanês, Ma Ying-jeou.

O anúncio ocorreu poucas horas depois da chegada aos Estados Unidos dos três norte-americanos que Pyongyang libertou como gesto de boa vontade para a cúpula. Trata-se de Kim Dong-chul, um empresário hoteleiro de 62 anos, que estava preso desde abril de 2016 sob suspeita de espionagem; e dos professores Kim Hak-duk e Tony Kim, detidos em maio e abril do ano passado, respectivamente.

O conflito entre os EUA e a Coreia do Norte, uma férrea ditadura obcecada com a corrida nuclear, apresentou uma guinada radical em pouco tempo. Ainda em novembro passado, o regime de Pyongyang testou um míssil capaz de chegar a qualquer ponto dos Estados Unidos. O desafio culminava meses de tensão extrema, no qual a Coreia do Norte empregava seu habitual tom ameaçador, e Trump, rompendo a tradicional cautela dos presidentes norte-americanos nessa questão, respondia na mesma moeda, prometendo “fúria e fogo” se aquele rumo fosse mantido.

As sanções foram endurecidas e se multiplicaram no Conselho de Segurança das Nações Unidas, graças ao vital apoio da China, a fim de asfixiar a economia do regime. E em março passado veio a notícia que meses antes seria imprevisível: que Trump e Kim Jong-un se reuniriam.

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