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Plano de Sampaoli para a Copa desmorona com a Argentina

Goleada sofrida por 6 a 1 para a Espanha colocou sob dúvidas escolhas do treinador a frente da seleção

Sampaoli durante o amistoso contra a Espanha, em Madri.
Sampaoli durante o amistoso contra a Espanha, em Madri.Francisco Seco (AP)
Juan I. Irigoyen
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Da incerteza que pairava sobre o prédio da AFA (Associação de Futebol da Argentina), em Buenos Aires, ao otimismo de Manchester, onde a seleção venceu a Itália por 2 a 0 e partiu sem escala ao desastre em Madri. Jorge Sampaoli chegou com sua prancheta cheio de ideias na última rodada de amistosos antes da convocação final para a Copa do Mundo. O treinador argentino partiu de Buenos Aires com dúvidas sobre o sistema que seus jogadores pediram para utilizar - passaram a jogar com uma linha de quatro atrás -, mas, sobretudo, sem ter clara a lista definitiva para a Rússia. O triunfo frente a Itália iludiu a comissão, até que pisou no Wanda Metropolitano, onde a Espanha não teve piedade e goleou uma Argentina frágil e confusa por 6 a 1.

O fiasco no Wanda abateu os argentinos. Sampaoli rompeu o protocolo (depois da partida falou primeiro Julen Lopetegui, treinador espanhol) e os jogadores passaram pela zona mista sem dizer nenhuma palavra. Cabeça voltada ao chão, passos rápidos. Não foi encenação. Nem a conversa com Messi no intervalo e nem as palavras do capitão após o 6 a 1 levantaram o ânimo de uma equipe com a moral baixa. No ônibus de volta ao hotel (sem Messi, que já viajava a Barcelona com Iniesta, Piqué e Jordi Alba) não voava nem uma mosca. Também não no jantar no andar 29 do Eurostars Madrid Tower, onde concentrava a seleção argentina.

Na manhã desta quarta-feira (28) os jogadores começaram a deixar Madri. Um dos primeiros a aparecer pelo lobby do hotel foi Javier Mascherano, às 6 da manhã. No entanto, o ex-jogador do Barcelona voltou a subir. Acabou sendo o último, quatro horas depois, ao mesmo tempo que Sampaoli e o resto da delegação que voltava a Buenos Aires. O técnico driblou a imprensa que o esperava, saindo pela porta de trás, enquanto Mascherano pediu para não fazer declarações. O vínculo do volante/zagueiro com a seleção argentina é grande, já que é o jogador com mais jogos pela seleção (141) convocado e fiel escudeiro de Messi. Sua viagem à Rússia parecia assegurada. Até o 6 a 1. Sua condição de indiscutível é uma incógnita, da mesma maneira que a de Banega e a de Higuaín, presa preferida da feroz imprensa argentina.

“Tem que divulgar a convocação o quanto antes. Assim os jogadores já ficam tranquilos, sem a incerteza de se vão ou ir ou não à Copa do Mundo”, aconselhou César Luis Menotti, campeão na Argentina em 1978, a Sampaoli. Sua conversa com o presidente da AFA, Claudio Tapia, no avião de volta, aconteceu em meio a um clima bem tenso. Se após o duelo contra a Itália, o técnico da Albiceleste achava ter 80% da convocação para a Rússia decidida, hoje vive uma indecisão.

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