Oscar 2018: sai o modelito preto, entra a articulação do Time’s Up nos bastidores
As organizadores do movimento afirmam que estão tentando construir algo duradouro e sério
O Time’s Up, movimento contra o assédio sexual e a discriminação no ambiente de trabalho, não vai pedir que as mulheres sigam um dress code –padrão de vestimenta– para a cerimônia do Oscar. Então, neste domingo não se verá uma sucessão de vestidos pretos no tapete vermelho como ocorreu no Globo de Ouro
Algumas das organizadoras do Time’s Up, como Shonda Rhimes, Ava DuVernay e Laura Dern, disseram na quinta-feira durante um evento na Sunshine Sachs que, embora não haja uma proposta de vestimenta, o movimento estará, sim, presente em algum momento da cerimônia. As promotoras querem levar o protesto um passo além e que seja algo mais “sério e duradouro”, que não apareça somente nas cerimônias de entrega de prêmios. “Foi uma iniciativa lançada no tapete vermelho, mas não nasceu para viver ali”, declarou Shonda Rhimes aos jornalistas.
Este projeto nasceu como uma reação das mulheres da indústria do cinema depois que se divulgaram os casos de assédio sexual envolvendo o produtor Harvey Weinstein e outros magnatas do setor do entretenimento. Mas na atualidade resultou em um fundo legal, que já arrecadou 21 milhões de dólares (cerca de 68 milhões de reais), para ajudar mulheres que tenham vivido essas situações e queiram denunciá-las.
Desde sua fundação, em janeiro deste ano, o Time's Up já recebeu cerca de 1.700 pedidos de ajuda legal, segundo Tina Tchen, diretora da organização White House Council on Women and Girls. Mas esse movimento não se concentra somente na assessoria jurídica, pois também promove um projeto de lei que penalize as empresas que toleram abusos recorrentes de seus funcionários e outro que desestimule o recurso a acordos judiciais secretos para abafar denúncias. Além disso, respalda o objetivo de outro grupo que busca que as produtoras de entretenimento se comprometam a ter em 2020 paridade de gênero em suas cúpulas diretivas.
O Time’s Up Now tenta distanciar-se do estereótipo de que esse problema só afeta mulheres conhecidas, quando na realidade abarca todo o arco social e as mulheres menos poderosas são as que enfrentam maiores dificuldades e represálias por erguerem a voz. Nessa busca de transversalidade, também proporciona assistência a homens vítimas de assédio.
“É preciso ter fim a luta das mulheres para entrar, para escalar posições e simplesmente para serem ouvidas e consideradas em postos de trabalho dominados por homens. Acabou-se o tempo desse monopólio impenetrável”, dizia o comunicado fundacional do movimento publicado em jornais como The New York Times.
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