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Quando um lápis consegue o mesmo que uma câmera

Estas imagens não são fotos em preto e branco, mas sim desenhos de uma jovem artista nigeriana

Com imagens como esta, é difícil adivinhar se Chiamonwu Joy é fotógrafa ou desenhista.

Ela mesma, com seus 23 anos, parece estar consciente de que muitas pessoas não sabem em que categoria se enquadra sua arte. Talvez por isso apresentou desta forma a sua obra em 17 de janeiro, no Twitter: “Meu nome é Chiamonwu Joy, sou uma artista hiper-realista nigeriana. Desenho com lápis em papel. Tudo isso são desenhos”.

A mensagem foi retuitada mais de 84.000 vezes em dez dias. O Twitter dedicou um Moments à postagem e veículos de todo o mundo escreveram sobre ela. “Desenho desde que tinha 7 anos. Na escola primária, descobri que adorava artes”, disse ao jornal britânico Metro.

O site sobre cultura pop Kunbini afirma, em um artigo, que os desenhos de Joy se inspiram na cultura igbo, original do sudeste da Nigéria. A resenha abordava a participação da artista na exposição Insanity Art Exhibition, realizada no fim de 2016 em Lagos, uma das maiores cidades do país africano. Ela era a única mulher a participar da mostra.

Os novos desenhos de Joy, que chamaram mais atenção na Internet, pertencem à série intitulada Antigo Testamento. “São obras criadas em uma tentativa de fazer com que as pessoas vejam com seus olhos os capítulos escondidos, as páginas perdidas e as conchas enterradas, uma tentativa de nasça, mesmo dentro dessa bruma, uma onda de nostalgia”, explica a artista em sua conta no Instagram.

“Não consigo acreditar que são desenhos”, talvez alguém ainda pense. É um dos comentários mais repetidos nas postagens de Joy nas redes sociais. Será que você se convence com este vídeo e estas imagens que mostram como a artista cria uma de suas obras?

Nos últimos dias, outros artistas hiper-realistas nigerianos também atraíram muita atenção na Internet. Ken Nwadiogbu, de 23 anos, também conseguiu que um tuíte seu com suas obras fosse retuitado milhares de vezes. Ele se apresenta da mesma maneira que Joy.

Meu nome é Ken Nwadiogbu. E este é meu desenho com lápis. RT❤️

O hiper-realismo é um estilo adotado por muitos artistas, como os italianos Marco Grassi e Diego Koi, o mexicano Omar Ortiz e o nigeriano Arinze Stanley. A seguir, mais fotografias – ou melhor, obras – da artista nigeriana.

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Title of work - Olile anya (Hope) 2016. Size - 46 × 38 inches The message behind this artwork of mine is based on AGE GRADE. An Age-grade is a form of social organization based on age, within a series of such categories, through which individuals pass over the course of their lives.. In tribal societies, especially in Africa, entry into an age grade - generally gender separated - is often marked by an initiation rite, which may be the crowning of a long and complex preparation. After a period of some years, during which they perform certain common activities, alone or under the supervision of senior guidance, members may be initiated either collectively or individually into a more senior age grade. This progress is often accompanied by the revelation of secret knowledge. In most cultures, age grade system are the preserve of men, and it is the older men who control a society's secret knowledge, collectively or restricted to a council of elders or specific positions such as medicine men and diviners, entrusted with the preparation of initiates. References: Bernard, B (1985). Age Class System: Social Institution and Polities Based on Age. Cambridge University Press. Shepherd, J.R. (1995). Marriage and Mandatory Abortion among the 17th century Siriya. American Anthropological Association. The white pendant object that hung on the belly of the boy (my artwork), held in place with a black rope, is called a COWRY; plural, COWRIES. The cowry is a shell of sea snails, which overall are often shaped more or less like an egg, except that they are rather flat on the underside. Many people through out history, especially Africans, have found (and still find) the white, very rounded, shiny, porcelain like shells of cowries very pleasing to look at and to handle. The shells have historically been used as Currency as well as being used in past and present, very extensively in the making of jeweleries and other decorative and ceremonial purposes especially in ritual divinations, in several parts of the world especially among Africans.

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Title - Onyinye (Gift) 2016 Size - 42 × 44 inches Medium - Graphite and charcoal on paper. The item placed on the plate which is held by these two mighty hands are called KOLANUTS. Kolanuts are important part of the traditional and spiritual practice of culture and religion in West Africa, especially Nigeria. Kolanuts are used as a religious object and sacred offering during prayers, ancestral veneration, and significant life events, such as naming ceremonies, traditional weddings, title takings and funerals. They are also used in traditional divination system called obi divination. In some parts of West Africa, Nigeria included, kolanuts were used as a form of currency. They are still used as such today, in certain situations such as in negotiation over bride prices or as a form of respect or host gift to the elders of a village should one move to a village or enter a business arrangement in a village. Kolanuts is the chief of all fruits among the Igbo people of the south eastern part of Nigeria. It is the first items served at any gathering and ceremony. Before it is being shared by the youngest in such gatherings, it is first given to the eldest in the gathering to bless it with a prayer and break it into lobes. The phrase mostly used by these elders is thus "He who brings kolanut, brings life". Kolanut is also the first item served to a visitor in a home, by the host. Kolanuts signify peace, goodwill and long life. Among the people of the south eastern part of Nigeria, it is called 'orji' in native dialect. A kolanut ceremony is briefly described in Chinua Achebe's 1958 novel, Things Fall Apart. It is also featured in Chris Abani's 2004 novel, Graceland. The Colour Purple. By Alice Walker. Although it is misspelled as 'cola' The kolanut is mentioned in Chimamanda Ngozi Adichie's novel, Half A Yellow Sun. Which also featured the phrase "He who brings kolanut brings life".

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