Trump decreta estado de emergência na Califórnia devido aos incêndios
O fogo, que desde 4 de dezembro assola a região, obrigou a retirada de 230.000 pessoas de suas casas
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta sexta-feira estado de emergência na Califórnia devido à onda de incêndios que desde 4 de dezembro assola a região. As autoridades já tiveram que retirar 230.000 pessoas de casa na faixa que liga San Diego a Santa Bárbara e ao Sul de Los Angeles. O vento continua a representar ameaça para os próximos dias.
A medida anunciada por Trump serve para ativar protocolos de emergência e liberar auxílio e pedidos de seguro depois de passada a crise. O republicano tomou a mesma decisão durante os incêndios nas imediações de San Francisco em outubro.
Jerry Brown, governador da Califórnia, também declarou a mesma medida em quatro condados, ordenando transformar escolas em refúgios para os desabrigados.
Esta sexta-feira foi o quinto dia deste desastre que levou ao fechamento de escolas e de escritórios do Governo para evitar prejuízos maiores. A persistência do vento espalhou o incêndio até perto da região universitária de Santa Bárbara, onde foi arrasada área de mais de 500 quilômetros quadrados.
San Diego, cidade que faz fronteira com o México, é o núcleo urbano mais afetado. Somente na região Norte deste condado o fogo queimou mais de 1.000 hectares (área equivalente a 1.000 campos de futebol), derrubou perto de 20 edifícios e deixou pelo menos dois feridos.
O condado de Ventura é outro dos que foram particularmente castigados. Mais de 400 edifícios foram queimados e 85 deles ficaram com a estrutura gravemente danificada. “O incêndio continua queimando em seu ritmo, com este vento é complicado”, declararam autoridades da região em seu site no início da sexta-feira. Fred Burris, o chefe dos bombeiros, dedicou especial atenção à proteção da rodovia 150 e de duas localidades vulneráveis: La Conchita e Carpintería, local popular de lazer com mais de 8.000 habitantes fixos. “Nunca vimos um fogo que se movesse a esta velocidade”, descreve.
A previsão do Serviço Nacional de Meteorologia (National Weather Service, NWS) é que neste sábado os ventos amenizem e seja possível apagar o fogo na região de forma efetiva. Para o domingo a previsão é mais pessimista, com tempo seco e brisa constante.
Apenas em Los Angeles, a cidade mais povoada da costa Oeste, mais de 100.000 pessoas foram deslocadas. As autoridades insistem que logo poderão voltar a suas casas.
Esta série de incêndios não se deve tanto à seca, como se poderia supor e sim a uma combinação de fatores. A última primavera foi chuvosa, circunstância que fez crescer a vegetação rasteira e a de baixo porte. O verão quente e um outono de temperatura particularmente alta, aliados ao vento, provocaram a situação.
Os incêndios deixaram em 2017 na Califórnia 45 vítimas fatais. O ano foi o dos piores incêndios florestais no Estado desde que há registro, tanto pelo número de mortos e feridos quanto pela área arrasada. Os primeiros incêndios começaram em abril, e os mais mortíferos foram os de outubro, que também levaram à decretação de emergência na região.
Tu suscripción se está usando en otro dispositivo
¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?
Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.
FlechaTu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.
Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.
En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.
Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.