Ex-chefe de campanha de Trump se entrega ao FBI
Paul Manafort é acusado de "conspiração contra os Estados Unidos" na investigação da trama russa
Paul Manafort, ex-chefe de campanha de Donald Trump, se entregou ao FBI nesta segunda-feira no contexto da investigação sobre o esquema russo conduzida pelo promotor especial Robert Mueller. Um grande júri, segundo meios de comunicação dos EUA, aceitou na sexta-feira as primeiras acusações contra um envolvido na trama apresentadas pelo investigador. Manafort foi acusado dos crimes de "conspiração contra os Estados Unidos", tentativa de lavagem de dinheiro, entre outros. Ele e seu colega Rick Gates acumulam, juntos, 12 acusações criminais.
Diante dos avanços do promotor especial que investiga o esquema russo, o presidente dos Estados Unidos declarou novamente no domingo que se considera vítima de uma “caça às bruxas”, negou qualquer conluio e lançou um ataque furioso contra Hillary Clinton e seu partido. “Clinton e os democratas são culpados, e os fatos falam por si mesmos. Faça alguma coisa!”, tuitou o presidente.
Trump não declarou abertamente, mas havia pouco espaço para dúvidas. O promotor Mueller deixou o presidente nervoso. A prisão representa um gigantesco passo em um caso que se tornou o pior pesadelo para o presidente dos EUA. Faz tempo que as investigações saíram do perímetro inicial. Já não se investiga apenas se a equipe eleitoral de Trump agiu com o Kremlin na campanha de difamação lançada contra Clinton durante as eleições. Mueller, que comandou o FBI por 13 anos, também investiga a gestão econômica do ambiente presidencial, e se o próprio Trump, que já contratou um advogado particular para o caso, cometeu crime de obstrução da Justiça ao demitir o diretor do FBI. , James Comey, depois que este se recusou a arquivar o processo sobre o esquema russo.
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