Príncipe saudita é preso por agressões captadas em vídeo
O rei manda investigar os casos para demonstrar que castigará qualquer transgressão à lei
Um príncipe saudita foi preso nesta quinta-feira depois da publicação de vídeos nos quais supostamente aparece agredindo violentamente um homem e apontando um rifle para outro que tem sangue no rosto. A Polícia da Arábia Saudita informou que o rei Salman decretou a prisão do príncipe, um dia depois que as imagens viralizaram nas redes sociais, com uma tag que significa “o príncipe comete abusos contra a população”.
Em um dos vídeos, o príncipe aparece batendo em um homem encolhido em uma cadeira e sozinho jura que não fez nada. Em outro, se vê um motorista com sangue na boca que escapa de seu agressor, que enquanto grava as imagens o insulta por ter estacionado perto de sua casa. Também é atribuído a ele um vídeo em que se veem 18 garrafas de uísque, apesar de na Arábia Saudita a venda e o consumo de álcool serem proibidos.
A televisão estatal saudita informou que o rei ordenou uma investigação contra o príncipe Saudi bin Abdulaziz bin Musaed bin Saud bin Abdulaziz e qualquer cúmplice que apareça nos vídeos. Segundo a matéria, o rei Salman quer demonstrar que castigará “qualquer transgressão ou violação cometidas por uma pessoa, independentemente de seu status, condição ou classe”. Depois da emissão da ordem, foi divulgado um vídeo do príncipe, de camiseta preta e calças cinzas de ginástica, algemado nos pés e nas mãos, escoltado por policiais ao entrar em um edifício.
Desde 2012, os escândalos nas redes sociais acabaram com a demissão de pelo menos cinco altos funcionários, segundo a agência Reuters. No entanto, é raro que os ataques online sejam contra um membro da casa de Saud, uma família com milhares de membros, que fundou o Estado árabe há 300 anos.
Fora do reino, houve casos de membros da realeza envolvidos em diversos crimes. Em 2010, um príncipe saudita foi declarado culpado de matar um criado em um hotel luxuoso de Londres, e em 2015 outro foi acusado de abuso sexual em Los Angeles. No ano passado, em um caso incomum, a Arábia Saudita executou pela primeira vez em 40 anos um príncipe, condenado por assassinato.
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