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Ataque ao ônibus do Borussia Dortmund fere Bartra

O jogador espanhol foi operado pelos ferimentos causados em seu pulso por estilhaços das três explosões ocorridas quando a equipe se dirigia ao estádio

Telão do estádio em Dortmund, na Alemanha, avisa sobre a explosão que feriu o jogador Marc Bartra.
Telão do estádio em Dortmund, na Alemanha, avisa sobre a explosão que feriu o jogador Marc Bartra.Christof Koepsel (Bongarts/Getty Images)
Ana Carbajosa
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Três artefatos explodiram na terça-feira na passagem do ônibus que transportava os jogadores do Borrusia Dortmund quando se dirigiam a seu estádio para disputar uma partida da Champions, pouco depois das sete da noite, segundo informou a polícia alemã. O jogador espanhol Marc Bartra, de 26 anos, foi o único que sofreu ferimentos por causa das explosões, cuja origem ainda era desconhecida à noite. Com a notícia do ataque foi cancelada a partida de quartas de final da Champions League contra o Monaco, que será disputada nesta quarta-feira às 18h45.

José Bartra, pai do jogador do Borussia Dortmund, confirmou pouco depois das oito da noite à Agência EFE que seu filho estava internado em um hospital da cidade renana. O clube especificou que o espanhol tem feridas na mão e no braço. Na mesma noite Bartra foi operado no pulso direito, segundo o porta-voz do BVB em entrevista coletiva à imprensa.

O goleiro do Borussia Roman Bürki explicou que estava sentado na última fila com Bartra, que foi atingido por fragmentos de vidro que haviam saltado pelos ares. Depois da explosão, os jogadores se agacharam e se atiraram ao chão do ônibus, temerosos de que pudesse haver mais explosões, segundo relatou o goleiro ao jornal suíço Blick.

O ônibus tinha saído do hotel no qual a equipe estava concentrada quando os artefatos explodiram, indicou a polícia local. “Antes da partida da Champions entre o Borussia Dortmund e o AS Monaco houve uma explosão, perto do ônibus do BVB, pouco depois das sete da noite”, informou em um comunicado de imprensa a polícia de Dortmund, que assume ter sido um ataque dirigido contra a equipe de futebol.

Duas horas depois, a polícia informou que investigações preliminares apontavam que se tratava de um grave atentado com explosivos. Os artefatos foram escondidos em uma lateral da estrada, ao lado de uma área de estacionamento. O ataque ocorreu na esquina das ruas Wittbraeucker e Schirrmannweg, na zona de Dortmund-Hoechsten (a cerca de 10 quilômetros do estádio), detalhou a polícia. A procuradoria acrescentou que foi encontrada uma carta no lugar do atentado cuja veracidade ainda terá de ser comprovada.

Em sua conta no Twitter, a polícia informou pouco depois do ataque que não havia evidências de ameaças aos espectadores que já se encontravam no campo. Dentro do estádio, os torcedores do Monaco repetiram “Dortmund, Dortmund”, em solidariedade à equipe rival, depois que a informação sobre o ataque foi projetada em uma tela gigante do campo. De sua conta oficial do Twitter, o Borussia Dortmund pedia ao público que mantivesse a calma para poder permitir uma saída ordenada do estádio. Pouco depois das nove da noite, a polícia felicitava os torcedores pela facilidade com que havia transcorrido a remoção e informava que a grande maioria já estava a caminho de suas casas.

O executivo-chefe do clube, Hans-Joachim Watzke, afirmou que “toda a equipe está em estado de choque” e será difícil que as imagens do ataque “saiam da cabeça” dos jogadores. “Espero que a equipe seja razoavelmente capaz de ser competitiva amanhã em campo”, segundo relatou o Bild. O Governo alemão enviou mensagens de apoio à equipe e em especial ao jogador espanhol levemente ferido.

Trata-se da segunda vez que o futebol alemão é vítima de um ataque. Em novembro de 2015, no Stade de France, de Paris, terroristas suicidas se explodiram durante uma partida amistosa entre a França e a Alemanha. A equipe alemã teve que passar a noite no estádio naquela ocasião em vez de retornar a seu hotel, enquanto os ataques terroristas se sucediam na capital francesa, causando a morte de 137 pessoas, incluindo sete extremistas.

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