Hillary Clinton defendeu o ataque a bases aéreas sírias horas antes da ordem de Trump

“Esse massacre não pode continuar”, disse a ex-secretária de Estado dos EUA

Hillary Clinton, durante sua intervenção na Cúpula Mundial das MulheresSHANNON STAPLETON (REUTERS)
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A ex-secretária de Estado e ex-candidata democrata, Hillary Clinton, voltou a aparecer em público na quinta-feira, cinco meses depois de ser derrotada por Donald Trump na eleição presidencial dos EUA. A candidata democrata admite que foi duro assimilar a derrota na eleição e, embora assegure que está bem pessoalmente, como norte-americana, reconhece, “há muitas coisas” que a “preocupam”. Uma é o conflito na Síria.

Clinton fez essas declarações durante sua intervenção na Cúpula Mundial das Mulheres, realizada em Nova York, depois de ficar sabendo que o Pentágono estava contemplando uma resposta militar após o último ataque químico na província de Idlib. Horas depois foi dada a ordem do presidente Trump de bombardear a base aérea de Shayrat (Homs).

A ex-secretária de Estado no Governo de Barack Obama admitiu que deveriam ter sido mais “agressivos” com o regime de Bashar al-Assad. Citou, concretamente, que deveria ter sido estabelecida uma zona restrita de voos e ter tomado medidas de represália contra as bases aéreas sírias que usaram armas químicas no norte do país. “São a causa da maior parte de mortes de civis”.

“Vimos isso durante anos e novamente há poucos dias”, lamentou Clinton, que continua pensando que a intervenção militar é necessária “para evitar que sejam capazes de usar estas bases aéreas para bombardear pessoas inocentes e com agentes químicos”. “Esse massacre não pode continuar”, concluiu. Mas qualquer ação neste sentido é complicada pela presença da Rússia, que defende o regime sírio. Clinton diz que é preciso evitar o confronto.

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