Promotor pede dois anos de prisão para Neymar por corrupção no seu contrato
Ministério Público espanhol solicita também uma multa de 8,4 milhões de euros para o Barça
Um promotor da Audiência Nacional da Espanha solicitou nesta quarta-feira uma pena de dois anos de prisão para o atacante brasileiro Neymar, do FC Barcelona, pelo escândalo de corrupção nos negócios relativos à sua contratação pelo clube entre 2011 e 2013. A peça de acusação foi incluída no processo movido na Espanha pela empresa brasileira DIS, anteriormente dona de 40% dos direitos federativos do jogador.
Em seu escrito, o promotor José Perals solicita uma pena de cinco anos de prisão para Sandro Rosell, ex-presidente do Barça, por corrupção e também por crime de fraude. Além disso, pleiteia uma multa de 8,4 milhões de euros (30 milhões de reais) para o clube como pessoa jurídica. A acusação pública, que conseguiu reabrir o caso depois que o juiz de instrução José de la Mata o arquivasse, propõe o fim do processo contra o atual presidente do Barça, Josep Maria Bartomeu.
De la Mata, juiz da Audiência Nacional, aceitou a denúncia contra Neymar e Bartomeu no começo de novembro, num processo envolvendo crimes de fraude e corrupção entre particulares decorrente da contratação do atacante pelo clube catalão.
A Audiência Nacional havia reaberto o caso em setembro passado ao entender que o contrato de 2011, pelo qual o Barça se comprometia a pagar 40 milhões de euros (142,8 milhões de reais, pelo câmbio atual) a Neymar, então jogador do Santos FC, para garantir sua inscrição quando estivesse liberado do contrato vigente na época, não só violava as normas da FIFA como também afetava a livre concorrência entre clubes.
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