Ao ritmo atual, igualdade econômica entre os sexos só chegará em 2186
Relatório do Fórum Econômico Mundial alerta para a desaceleração na redução da desigualdade de gênero
“O mundo se depara com um desperdício de talentos ao não agir com rapidez para frear a desigualdade de gênero. Isso poderia pôr o crescimento econômico em risco e privar as economias da oportunidade de se desenvolverem”, de acordo com o último relatório Global da Defasagem de Gênero 2016 do Fórum Econômico Mundial.
O documento conclui que no ritmo atual a igualdade econômica entre sexos poderia demorar 170 anos e alerta para uma drástica freada nos avanços nos últimos anos. “Esta desaceleração se deve em parte aos desequilíbrios crônicos nos salários e na participação no mercado de trabalho, apesar do fato de que em 95 países o número de mulheres universitárias é igual ou maior que o de homens”, assinala o estudo.
O Fórum Econômico é contundente em sua análise depois de realizar uma comparação anual da desigualdade entre homens e mulheres em avanços na educação, saúde e sobrevivência, oportunidades econômicas e empoderamento político.
O relatório estima que a defasagem de gênero se situa em 59%, a maior taxa de desigualdade desde 2008. A piora da situação das mulheres se deve ao aumento da desigualdade salarial. “As mulheres ganham em média pouco mais da metade do que os homens, apesar de que em geral trabalham mais horas (levando-se em conta tanto o trabalho remunerado como o não remunerado)”, afirma o documento, que também alerta para o estancamento da incorporação das mulheres ao mercado de trabalho e a sua escassa representação em cargos de responsabilidade.
A conclusão do Fórum Econômico estimatima o avanço do último ano como nulo.
Maior risco para as mulheres
"O lento avanço para a igualdade de gênero, especialmente no âmbito econômico, representa um risco se for considerado que é possível que muitos trabalhos que empregam uma maioria de mulheres serão os mais afetados proporcionalmente pela era da disrupção tecnológica”, alerta o documento.
Um informe da OCDE afirma que, em média, 9% dos trabalhadores dos países desenvolvidos “estão em risco” pela chegada da inteligência artificial, drones, impressoras 3D e outros avanços tecnológicos. Outro relatório do Fórum Econômico Mundial de Davos concluiu que até 2020 serão perdidos cinco milhões de postos de trabalho em todo o mundo pela “quarta revolução industrial”.
“Mulheres e homens têm de agir como parceiros na hora de administrar os desafios enfrentados no mundo em que vivemos... e também na hora de aproveitar as oportunidades. Ambas as vozes são fundamentais para garantir que a Quarta Revolução industrial cumpra as promessas feitas à sociedade”, diz Klaus Schwab, fundador e presidente executivo do Fórum Econômico Mundial.
Tu suscripción se está usando en otro dispositivo
¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?
Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.
FlechaTu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.
Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.
En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.
Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.
Mais informações
Arquivado Em
- Conciliação trabalhista
- Discriminação trabalhista
- Revolución Industrial
- Desigualdade social
- Homens
- Fórum Econômico Mundial
- Horários trabalho
- Emprego feminino
- Feminismo
- Movimentos sociais
- Emprego
- Relações gênero
- Condições trabalho
- Mulheres
- Relações trabalhistas
- História contemporânea
- Organizações internacionais
- História
- Trabalho
- Relações exteriores
- Sociedade