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Crítica de 'The Walking Dead'
Opinião
Texto em que o autor defende ideias e chega a conclusões basadas na sua interpretação dos fatos e dados ao seu dispor

‘The Walking Dead’: Quem já morreu na sétima temporada?

Alerta de Spoiler: nova temporada teve um dos capítulos mais sádicos e angustiantes dos últimos tempos

Nova temporada de ‘The Walking Dead’.
Natalia Marcos

Negan chegou e os sobreviventes de The Walking Dead agora têm de enfrentar um novo mundo. Novas regras, um assassino psicopata à frente que vai usar qualquer método para impor sua supremacia e atemorizar o grupo de Rick e, de passagem, alguns telespectadores sofredores que tiveram de esperar seis meses para saber quem foi o escolhido para morrer depois de uma sádica cantiga infantil. The Walking Dead começou sua sétima temporada resolvendo o cliffhanger e marcada por um dos episódios mais sádicos e angustiantes dos últimos tempos. (A partir daqui, spoilers do primeiro episódio da sétima temporada The Walking Dead).

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Como prometido, a série dos zumbis retomou a história no ponto em que parou. Com um pequeno salto no tempo, levamos 13 minutos para saber o nome da (primeira) vítima de Negan. Mas, pelo menos, desta vez de fato cumpriram a promessa — não como quando nos fizeram esperar vários capítulos pela resolução da suposta morte de Glenn na temporada passada. E o fizeram com um episódio cheio de lágrimas e sangue, não recomendado para cardíacos e telespectadores com estômagos sensíveis. Vísceras, miolos, olhos esbugalhados, violência gratuita e sofrimento. Muito sofrimento. Especialmente com a segunda vítima do taco Lucille. Negan está louco. E já sabíamos mas, agora, o vimos e o experimentamos em nossa própria pele. Porque o sofrimento dos sobreviventes se transporta aos telespectadores que já estão há muito tempo ao lado deles, aos quais se conectaram emocionalmente.

Comentava-se que o taco poderia fazer duas vítimas. E assim foi (não vamos dar nomes, caso alguém tenha continuado lendo, apesar das advertências). Mas o episódio não deixou para trás apenas cabeças arrebentadas. Também marcou o início de um novo tempo, uma era em que Rick não tem mais o controle da situação. Está à mercê da loucura de Negan, um sujeito que não ouve a razão e só quer impor sua autoridade. Não hesita em torturar sobreviventes, batendo onde mais lhes dói só para vê-los prostrados a seus pés diante do desespero e da impotência que se sente em tal situação.

O retorno de The Walking Dead foi de puro e duro sofrimento. Não houve tempo para mais apresentações de personagens nem para saber o que aconteceu com Carol e Morgan. Por isso, a agonia foi maior, concentrando-se nas duas mortes e na tortura psicológica do protagonista. E, para isso, muitos zumbis e muito sangue. Também serviu para semear um futuro promissor (do ponto de vista do público, cansado da mesmice da série) com a nova ordem anunciada.

Lucille já saiu para passear e saciou sua sede de sangue. Mas a de Negan parece não ter fim. Os sobreviventes foram atingidos pelas duas mortes violentas e o sequestro de uma outra peça fundamental do grupo. Agora temos de ver como se recompõem.

“Bem-vindos a um novo começo”, diz Negan. Respiremos fundo, recuperemos o fôlego, limpemos o sangue que respingou na tela e vamos em frente.

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