_
_
_
_

Bob Dylan vence o Prêmio Nobel de Literatura de 2016

Academia Sueca concede a distinção ao músico “por ter criado uma nova expressão poética dentro da grande tradição americana da canção”

Fernando Navarro
Bob Dylan, Nobel de Literatura de 2016, durante um show em 1994.
Bob Dylan, Nobel de Literatura de 2016, durante um show em 1994.

O ganhador do prêmio Nobel de Literatura de 2016 é Bob Dylan, “por ter criado uma nova expressão poética dentro da grande tradição norte-americana da canção”. A secretária permanente da Academia Sueca, Sara Daniues, foi a encarregada de anunciar, às 8h desta quinta-feira (hora de Brasília), o nome do mito norte-americano do folk, de 75 anos. No último fim de semana, Dylan foi um dos protagonistas do festival Desert Trip, na Califórnia, junto com outras velhas glórias do rock, como Neil Young, Paul McCartney e os Rolling Stones.

Mais informações
Caixa com 36 discos reunirá a turnê de Bob Dylan de 1966
O belo outono de Bob Dylan
Bob Dylan ganha o Prêmio Nobel de Literatura 2016
Bob Dylan, 75 anos: a lenda continua na estrada

Na história desse prêmio, a maioria foi dada a autores de fala inglesa (27), seguidos por literatos de língua francesa (14), alemã (13) e espanhola (11). O único autor lusófono premiado foi José Saramago, em 1998.

Só quem mergulhou alguma vez no revelador universo desse cantor, nascido num povoado de Minnesota, poderá reconhecer que Dylan é um poeta sem tirar nem pôr. O reconhecimento do Nobel à sua música, entendida como um organismo vivo no qual as letras são o corpo sobre o qual se apoia o resto, é portanto algo histórico.

Mas a literatura baseada na música, ou vice-versa, era o caminho para esse tal Zimmerman, que adotou o pseudônimo de Bob Dylan em homenagem ao poeta Dylan Thomas, e depois de devorar qualquer livro que lhe caísse às mãos. O salto para Nova York, impulsionado pela chance de conhecer o incomparável cantor-ativista Woody Guthrie, seria a introdução definitiva do músico no gênero literário.

Lá mesmo, no coração urbano da Grande Maçã, construiu seu revolucionário estilo mergulhando nos sermões do blues e do folk e na corrente desinibida e underground da geração Beat, com Jack Kerouac, Neal Cassady e Allen Gingsberg. Boa parte da responsabilidade cabe também a uma namorada sua dos anos sessenta, Suze Rotolo, que lhe apresentou ao poeta francês Arthur Rimbaud, um facho de luz para a futura obra dylaniana.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_