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Santos: “Não me renderei, continuarei buscando a paz”

O presidente Santos garante que o cessar-fogo se manterá e que escutará quem disse 'não' aos acordos

O presidente Juan Manuel Santos, cercado pela equipe de negociação, durante seu discurso depois de conhecer os resultados que deram como vencedor o 'não' no plebiscito pela paz.Foto: reuters_live | Vídeo: SIG/ PRESIDENCIA DE COLOMBIA / REUTERS-QUALITY
Sally Palomino
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O presidente Juan Manuel Santos aceitou a derrota do sim no plebiscito que referendaria o acordo de paz que vinha sendo negociado há quatro anos na Colômbia. Cercado da equipe de negociação, dirigiu-se aos colombianos em uma breve intervenção na qual reconheceu o triunfo do não sobre o sim na votação do plebiscito pela paz que ocorreu neste domingo no país. Em suas primeiras palavras, afirmou que cuidará para que a ordem pública se mantenha e que o cessar-fogo e o fim das hostilidades também persistam.

“Como Chefe do Estado, sou a garantia de estabilidade da nação, e esta democrática não deve afetar tal estabilidade, o que vou garantir. Como presidente, conservo intactas minhas faculdades e minha obrigação para manter a ordem pública e para buscar e negociar a paz. O cessar-fogo e o fim das hostilidades bilaterais e definitivas continua vigente, e assim continuará. Ouço os que disseram não e ouço os que disseram sim”.

Apesar de ser o grande derrotado do plebiscito, Santos afirmou sobre seu futuro: “Continuarei buscando a paz até o último minuto de meu mandato porque esse é o caminho para deixar um país melhor para nossos filhos”. O governante destacou que nesta segunda-feira convocará todas as forças políticas do país e em particular as que disseram não ao processo de paz com as FARC para buscar pontos de concordância e encontrar um caminho para construir país. No discurso, revelou que deu ordem para que nas próximas horas os chefes da equipe de negociação do Governo viagem a Cuba, onde ocorrerão os diálogos com as FARC para manter informados os negociadores da guerrilha sobre o resultado deste diálogo político.

“Todos, sem exceção, querem a paz. Assim disseram explicitamente. Amanhã mesmo convocarei todas as forças políticas – e em particular as que se manifestaram hoje pelo não, para escutá-las, abrir espaços de diálogo e determinar o caminho a seguir. Sempre acreditei no sábio conselho chinês de buscar oportunidades em qualquer situação. E aqui temos uma oportunidade que nos foi aberta, com a nova realidade política que se manifestou através do plebiscito”, disse Santos, que afirmou que seu trabalho pela paz continuará.

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