O telhado de vidro dos candidatos a prefeito de São Paulo
Adversários exploram as contradições de seus oponentes no último debate, na TV Globo
Os candidatos à Prefeitura de São Paulo tiveram suas vidas reviradas do avesso nesta corrida eleitoral e, na noite desta quinta, viveram seu último embate direto com a chance de explorar as contradições dos oponentes. Foi durante o último debate televisivo da Rede Globo antes da votação no domingo. O enfrentamento, que foi seguido em tempo real pelo EL PAÍS, cobra ainda mais força pela indefinição da disputa pelo segundo turno, de acordo com as pesquisas de opinião. Está em jogo não só o posto para gerir a cidade mais populosa do país, mas quem tem potencial de cacifar o partido vencedor para o Governo do Estado e para presidente em 2018.
Em vários momentos do embate, os pontos fracos e controvérsias envolvendo os candidatos foram trazidos à tona. Nesta série especial, este jornal discute essas e outras debilidades que conformam o telhado de vidro de cada candidatura. Um dos primeiros a sentir os golpes da imprensa e das campanhas adversárias foi Celso Russomanno (PRB), com esqueletos no armário que já vinham se arrastando desde a campanha de 2012. O tucano João Doria Jr. teve de se explicar sobre sua postura numa disputa entre o público e privado em sua casa de lazer em Campos do Jordão.
Já a ex-prefeita e senadora Marta Suplicy passou a campanha inteira fazendo defesa sobre a sua entrada do PMDB e suas posições sobre a política econômica do presidente Michel Temer (PMDB). O prefeito Fernando Haddad (PT), por sua vez, é a vidraça da vez como candidato a reeleição que tem 45% de rejeição no auge do antipetismo no Brasil. A psolista Luiza Erundina teve de enfrentar dúvidas sobre sua capacidade de governar com mais de 80 anos e a chapa puro sangue da sua legenda que deixa no ar a dúvida se terá apoio para governar.
O perfil e a lisura do novo prefeito ganha relevância no Brasil que discute a corrupção desde os protestos de 2013. Não há acusações diretas de ilícitos com dinheiro público contra os cinco mais competitivos por ora, mas na volátil corrida complexificada pela dinâmica das redes sociais, incongruências e deslizes na biografia podem fazer estragos consideráveis.
Leia as reportagens.
Doria, o “não político” de relações obtusas com a vida política
TALITA BEDINELLI | SÃO PAULO
Russomanno, o defensor do consumidor que não cumpriu o que prometeu
MARINA ROSSI | SÃO PAULO
Marta, lembrada por legado social e assombrada por elo com Temer
ANDRÉ DE OLIVEIRA | SÃO PAULO
Fernando Haddad, o prefeito ‘pouco petista’ que sofre com o antipetismo
MARINA NOVAES | SÃO PAULO
Erundina, a idade e legenda nanica contra a candidata
CAMILA MORAES | SÃO PAULO
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