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A desastrosa estreia televisiva do nadador Ryan Lochte

Dois homens foram presos após entrarem em um estúdio para protestar contra o esportista

Ryan Lochte, na saída do programa ‘Good Morning America", em Nova York.
Ryan Lochte, na saída do programa ‘Good Morning America", em Nova York.Ray Tamarra (GC Images)
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As mentiras do nadador Ryan Lochte lhe custaram muito mais do que a suspensão que recebeu pelo incidente que protagonizou durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Também obscureceram sua estreia na televisão. O olímpico encontrou uma brecha no mundo do espetáculo e decidiu participar do popular programa Dancing with the Stars. No entanto, nem tudo saiu como esperava. Quando se dispunha a escutar o veredito dos juízes, dois homens chegaram até o palco e interromperam o programa.

O nadador tinha dançado um foxtrote com a bailarina profissional Cheryl Burke, ao som da música Call Me Irresponsible de Frank Sinatra. Lochte, de 32 anos, esperava que a coreógrafa Carrie Ann Inaba, uma das componentes do jurado, avaliasse seu desempenho na dança, quando se deu a interrupção. “Hey, voltem!”, ordenou Inaba enquanto ocorria o confronto fora de cena. O apresentador do programa, Tom Bergeron, que anunciou a interrupção da transmissão para a publicidade, ofereceu uma explicação vaga depois da retomada da transmissão ao vivo, sem esclarecer o que tinha acontecido.

Bergeron explicou que o programa tinha sido interrompido por “um pequeno incidente” e agradeceu ao pessoal da segurança da rede ABC “por se manter em forma”.

O porta-voz da polícia de Los Angeles, Mike López, informou que os dois indivíduos foram detidos pelo pessoal da segurança presente no estúdio, que os retiveram até que chegassem os agentes da polícia para os prender.

López não deu mais detalhes sobre o incidente, embora tenha confirmado que ninguém ficou ferido. Os dois homens, de acordo com a fonte policial, usavam camisetas com o nome de Lochte riscado. Não se sabe, também, se houve contato físico dos críticos do medalhista olímpico com ele.

Lochte não imaginava há algumas semanas o amargo sabor que lhe deixaria sua primeira aparição no programa. “Estou esperançoso com meus novos projetos, e isso é o que me mantém ocupado”, disse há algumas semanas o nadador, que no Brasil foi indiciado pela polícia. Ele afirmou que estava empenhado em “encerrar” o capítulo dos Jogos Olímpicos no Rio, onde chegou bêbado a um posto de gasolina, destruiu objetos do estabelecimento e depois disse que tinha sido assaltado, com uma pistola apontada para sua cabeça.

O Comitê Olímpico dos Estados Unidos puniu o nadador com 10 meses sem competição por ter mentido sobre o incidente no posto de gasolina, quando já havia concluído sua participação com a equipe dos Estados Unidos nos Jogos. Lochte e outros integrantes da equipe olímpica provocaram danos no posto, ao qual chegaram bêbados depois de terem ido a uma festa particular. Não queriam pagar os prejuízos, mas o pessoal da segurança armada do estabelecimento os obrigou.

Mais tarde, Lochte inventou a versão de que eles tinham sido vítimas de um assalto à mão armada. O medalhista olímpico chegou a dizer que alguém havia colocado uma pistola na sua cabeça. Antes do incidente ocorrido no estúdio de televisão, Lochte se mostrara irritado com os jornalistas por considerar que estavam “alongando demais” a história da mentira no Brasil, e de modo desnecessário, visto que tudo já havia sido esclarecido e ele tinha recebido a “punição” pelos “erros” cometidos.

Durante a breve entrevista feita por Bergeron no decorrer do programa, Lochte disse que por sua cabeça passavam muitas coisas e que se sentia interiormente ferido.

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